O brasileiro Gil de Ferran, atualmente diretor da equipe McLaren de Fórmula 1, tem um novo projeto no automobilismo: a Extreme E, categoria de condições extremas disputada com SUVs 100% elétricos. De Ferran divide a batuta da categoria com o fundador da Fórmula E, Alejandro Agag.
Durante o lançamento da categoria, o ex-piloto brasileiro falou sobre os planos para a Extreme E, que deve ter sua primeira temporada em 2021, a passagem dos carros pela Amazônia, o patrocínio de uma empresa brasileira e até cogitou a possibilidade de ver Lewis Hamilton disputando o campeonato.
Assista ao vídeo:
Confira a alguns trechos da entrevista com Gil de Ferran:
Como será a Extreme E?
Nós estamos lançando uma competição de SUV elétricas, que será nos lugares mais extremos do mundo. Um pouco o de esporte e aventura… uma coisa fantástica!
Será o esporte, o automobilismo como uma aventura. Esse lado do meio ambiente é importante e tem apelo de muitas pessoas.
Queremos ir nos lugares extremos do planeta, lugares lindos, que realmente vão nos trazer imagens fantásticas. Eu acho que essa é uma outra diferença muito grande! Como a gente pretende estruturar a competição é muito diferente. Ela é muito parecida com a Copa do Mundo, é diferente de qualquer tipo de corrida.
Como surgiu a ideia?
Conheço o Alejandro (Agag) há muito tempo. Ajudei ele principalmente no começo da Formula E, fiz o que pude para ajudar. Eu acho o conceito e a ideia da Fórmula E uma coisa fantástica. Nos tornamos amigos nesse tempo. Um dia estava na casa dele tomando café e surgiu a ideia do Extreme E.
Fui piloto de corrida. Eu adoro o automobilismo e na minha família fomos muito ligados ao esporte e ao meio ambiente. Eu sempre tive um lado um pouco aventureiro. Eu saí do Brasil buscando meus sonhos quando tinha 19 anos. Eu sempre fui muito ligado em alcançar novos limites e fazer coisas diferentes.
Adiciona isso com toda a experiência que tive como piloto, como empresário, integrante de equipe, observando a evolução do esporte e das pessoas.
É possível comparar a Extreme E com outras provas?
De certa maneira um erro fazer comparações diretas, com eventos tradicionais de automobilismo, como Fórmula 1, Le Mans e Indy. A Fórmula E provou isso, provou que existe um outro mercado, um interesse diferente.
O Extreme E é algo novo e que procura seu espaço. Tem o aspecto esportivo evidente, mas tem outros aspectos diferentes. Tem a aventura, que é muito forte, e o aspecto do meio ambiente, que é muito importante.
Como todo evento esportivo tem aspectos iguais e diferentes. A primeira diferença são que os veículos são SUVs elétricas, que é um tipo de carro diferente que normalmente você vê na maioria dos eventos de rally. Um aspecto importante é a arena, que é muito diferente.
Por que passar pela Amazônia?
Um dos ambientes ameaçados que a gente quer enfatizar são as florestas tropicais e equatorianas. Sendo assim, nada melhor que fazer a nossa competição na Amazônia. Na floresta mais famosa do mundo!
Como serão escolhidos pilotos, montadoras?
Eu acho que o envolvimento de montadoras se encaixa com o nosso projeto, que é uma plataforma muito boa para mostrar a capacidade dos veículos elétricos em situações extremas, por isso se chama Extreme E. O envolvimento de montadoras se realmente se encaixa!
Com relação aos pilotos, não sei, mas será atraente aos pilotos que gostem de desafios, aventuras e que se importem com o meio ambiente. Eu imagino que esse projeto seja para o Lewis Hamilton.
A competição que os pilotos e carros vão ter não começa só quando a luz verde aparece. Começa muito antes. A aventura começa para chegar nesses lugares, para montar a nossa competição, vai ser um desafio fantástico para pilotos, equipes e quem estiver organizando o evento. Um desafio enorme!
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