A 7ª temporada da Fórmula E já teve início no fim de fevereiro com a rodada dupla de Diriyah, na Arábia Saudita, e a próxima etapa do campeonato mundial de carros elétricos está prevista para o dia 10 de abril em Roma, na Itália. Porém, a categoria segue encarando dificuldades para manter seu calendário por causa da pandemia de COVID-19.
A grande questão no horizonte da Fórmula E é o fato de que a capital italiana está em zona vermelha. Ou seja: é uma fase restritiva, que inclui o fechamento de escolas, lojas, museus e até mesmo alguns comércios cujos serviços não são considerados essenciais. A restrição também vale para a circulação de pessoas, que só é permitida em caso de necessidade médica ou para trabalhos essenciais que não podem ser realizados por home-office.
A principio, a situação não deve atrapalhar os planos da Fórmula E, de acordo com o que afirmou um porta voz da categoria ao site britânico The Race. “Essas restrições não afetam nossa preparação para o ePrix de Roma. Como sempre, a saúde e segurança de toda a nossa comunidade, bem como dos cidadãos e residentes das cidades onde corremos, continua a ser a nossa prioridade.”
Cofundador da categoria de carros elétricos, Alberto Longo se mostrou confiante na realização do ePrix: “não iríamos correr se não estivéssemos confiantes nos protocolos de saúde e segurança que estamos usando para proteger a comunidade da Fórmula E e os residentes e cidadãos das cidades em que corremos.”
De encontro com a confiança de Longo na realização da etapa italiana, está o fato de que a Fórmula E deve adotar um protocolo ainda mais rígido em Roma do que aquele que foi adotado em Diriyah, após alguns relatos de que algumas pessoas podem ter burlado o protocolo exigido na rodada de abertura. Além dos 14 dias de quarentena obrigatório para todos que chegarem a capital italiana para a prova e o fato de se hospedarem em hotéis distintos, nenhum funcionário de nenhuma equipe poderá entrar no village até o dia 08 de abril.
Obviamente, essa decisão pode causar complicações para as equipes prepararem seus carros, em especial para DS Techeetah, Nissan e.dams e Dragon Penske, que chegarão a Roma com um novo carro recém homologado e terão ainda menos tempo que o previsto para preparar os monopostos para o shakedown de sexta feira (09).
Quando anunciou o ePrix de Roma como terceira etapa do mundial, a Fórmula E deixou em aberto a possibilidade de levar a prova para o Circuito de Vallelunga, que é o mais próximo da capital italiana, em caso de restrições mais rígidas por causa do coronavírus. Porém, a zona vermelha deve ser estendida para toda a Itália a partir da próxima semana e terminará apenas no dia 11 de abril, um dia após a data prevista para a realização da corrida. Com isso, este plano está abortado.