Edoardo Mortara garantiu a vitória da corrida 2 do ePrix de Puebla da Fórmula E. Neste domingo (20), o piloto conseguiu segurar os adversários e administrar a bateria para assegurar o primeiro triunfo da bateria.
Em nove corridas disputadas na temporada 2020/21, o competidor da Venturi se torna o oitavo piloto diferente a triunfa – e a segunda vez que ganha na FE. Pascal Wehrlein chegou a pressionar no fim, mas terminou na segunda colocação, com Nicky Cassidy completando o pódio.
Robin Frinjs, líder da classificação, ficou fora da zona de pontos ao cruzar a linha de chegada na 11ª posição. Já António Félix da Costa cometeu um erro no final e abandonou, também zerando a segunda prova do final de semana.
Entretanto, horas após a bandeira quadriculada, a direção de prova bateu o martelo sobre a investigação de Pascal. Por uso indevido do fanboost, o alemão recebeu acréscimo de 5s e perdeu o pódio, com Cassidy terminando em segundo e Oliver Rowland, terceiro.
Confira como foi a corrida 2 do ePrix de Puebla da Fórmula E:
Para a segunda corrida do final de semana da Fórmula E no México, o tempo estava firme e com sol brilhando no Autodromo Miguel E Abed. O termômetro indicava 23ºC, com o asfalto batendo 50ºC. A umidade do ar estava 64% e o vento soprava a 6 km/h.
Largada autorizada em Puebla e Rowland conseguiu manter a primeira colocação, enquanto Edoardo Mortara saltou para a segunda colocação, enquanto Pascal Wehrlein caiu para a terceira colocação.
Entre os brasileiros, início de corrida bastante complicado. Lucas di Grassi caiu para a 15ª colocação, enquanto Sergio Sette Câmara despencou para o final do pelotão, assumindo a 20ª colocação.
Vice-líder da classificação, Antonio Félix da Costa conseguiu assumir a posição de Robin Frinjs, primeiro colocado na tabela de pontos. O português agora era 21º, enquanto o adversário estava em 22º.
Com menos de cinco minutos de prova, o modo ataque já estava liberado aos pilotos. Lembrando que é necessário duas ativações do modo e que cada passagem tem duração de quatro minutos. Para ativar o modo ataque na área determinada, o piloto perde cerca de 3s.
Líder da classificação, Frinjs foi o primeiro a passar pelo modo ataque. O competidor aparecia na 24ª, e última, posição do pelotão com pouco mais de cinco minutos de corrida.
Pouco à frente, Sette Câmara fez ultrapassagem em cima de Oliver Turvey. O brasileiro conseguiu assumir a 19ª colocação em cima do adversário da NIO, mas acabou tocando no piloto, com um pedaço do carro se desprendendo. O incidente estava sob investigação.
A medida que Rowland passou para pegar o primeiro dos dois modos ataque do ePrix de Puebla, acabou perdendo a liderança do pelotão. O inglês da Nissan era terceiro atrás de Mortara e Wehrlein.
Com 33 minutos para o final, saiu a punição para o incidente de Sérgio. O brasileiro, que estava na 22ª colocação com modo ataque, receberia acréscimo de 5s pelo toque com Turvey na briga por posição.
Mortara, Wehrlein e Rowland, os três primeiros colocados, estavam com modo ataque. Jean-Éric Vergne e Jake Dennis completavam os cinco primeiros colocados da corrida,
Então, um momento bastante curioso foi visto na prova. Alexander Sims, que ocupava a nona colocação, acabou passando em cima de uma faixa que se prendeu em sua Mahindra, ficando por boa parte de uma volta. Diversos outros pilotos também passaram pela faixa de publicidade.
Com 23 minutos para a bandeira quadriculada, Di Grassi também recebeu uma punição. O brasileiro teve de cumprir drive-thru por também causar uma colisão com Nicky de Vries em briga por posição.
Dos primeiros dez colocados do pelotão, o único piloto que ainda vinha devendo uma passagem pelo modo ataque era Nicky Cassidy, que ocupava a quarta posição.
Entrando na reta final da corrida, Wehrlein aproveitou um erro cometido por Rowland para assumir a segunda colocação. O alemão estava a 0s539 de atraso para Mortara, atual líder do pelotão.
Menos de 15 minutos para a bandeira quadriculada e sete equipes diferentes estavam nas sete posições da ponta. Venturi, Porsche, Nissan, Virgin, Techeetah, BMW e Mahindra ocupavam os postos.
Frinjs vinha em grande corrida de recuperação. Após aparecer na última colocação, ocupava a 11ª posição com pouco mais de 11 minutos para a bandeira quadriculada. Já Da Costa vinha em 18º.
Pascal começava uma caçada em cima de Mortara. O piloto da Porsche, que foi desclassificado da corrida 1 no México, se aproximava cada vez mais do adversário da Venturi, mas precisando controlar o gasto de energia, tendo 27% restantes até o final da prova.
Da Costa se envolveu em um acidente com menos de dez minutos para a bandeira quadriculada. O português vice-líder da classificação escapou da pista e acertou com força o muro de proteção, avariando o carro e abandonando.
Mortara começou a abrir espaço para Wehrlein nos últimos minutos de disputa. O suíço cresceu o respiro para 1s947 para o alemão. Rowland, Cassidy e Dennis completavam os cinco primeiros.
No consumo de energia, Di grassi e Blomqvist, 18º e 19º, respectivamente, eram os pilotos com mais bateria no minuto final. Todos os adversários à frente da dupla já estavam abaixo dos 10% disponíveis, enquanto os pilotos ainda tinham 11% e 13%.
Na ponta do pelotão, Cassidy deu o bote em cima de Rowland. O titular da Virgin conseguiu ultrapassar o adversário da Nissan para beliscar o degrau mais baixo do pódio.
Bandeira quadriculada e Mortara consegue sua segunda vitória na Fórmula E, a primeira da temporada. Wehrlein e Cassidy completam o pódio do dia.