Em meio às incertezas causadas pela pandemia de COVID-19 desde o início de 2020 pode acabar favorecendo três das doze equipes da Fórmula E para a sétima temporada da categoria de carros elétricos.
Buscando reduzir os custos para as fabricantes por conta da pandemia, a Fórmula E optou por mudar o regimento de homologações dos carros nos próximos anos.
Ou seja: na prática, as equipes poderiam escolher entre usar o carro da temporada passada durante a próxima temporada até a data final para homologação do novo carro, ou já começar o campeonato de 2021 com um novo carro, o qual terá que ser utilizado até o final da oitava temporada.
Enquanto a maioria das equipes optaram em já atualizar os carros para a sétima temporada, DS Techeetah, Nissan eDams e Dragon Penske devem homologar os novos carros apenas na data final prevista, 05 de abril, e começar o campeonato com o carro da temporada passada.
Com isso, essas três fabricantes ganharam uma vantagem em relação às demais graças as recentes mudanças no calendário da sétima temporada, que antes previa cinco provas antes da data final para homologação e agora só terá a rodada dupla de Diriyah.
![Mudança no calendário da 7ª temporada da Fórmula E pode beneficiar Techeetah, Nissan e Dragon Mudança no calendário da 7ª temporada da Fórmula E pode beneficiar Techeetah, Nissan e Dragon](https://www.f1mania.net/wp-content/uploads/2021/01/3-EPS7T1_135858_W6I8596-840x400.jpg)
Isso não só diminuirá a quantidade de provas nas quais as três equipes estarão atrasadas em relação as adversárias, mas proporcionará a chance de superarem as demais com os dados coletados em Diriyah.
“Mudar o ciclo de homologação foi um ato errado pelas razões certas. Não há críticas aqui. Na verdade, ajudou a todos. Potencialmente até cinco corridas aconteceriam antes do novo prazo e, naquela época, nossa ideia era homologar o carro para a primeira corrida”, comentou James Barclay, diretor da Jaguar Racing em entrevista recente ao site Motorsport.
“Isso dá definitivamente uma pequena vantagem para as equipes que preferiram a nova data. É difícil quantificar isso. Mas certamente não é ideal. O desafio agora será identificar qual é o tamanho da vantagem que eles terão e se isso terá que ser visto em detalhes com a FIA”.
A FIA e a Fórmula E ainda não informaram se alguma nova data será confirmada antes do prazo final para homologação, ou se a data será modificada, já que quando foi definida, era levado justamente em conta que haveria cinco provas realizadas antes da janela ser fechada.
“Não acreditamos que qualquer montadora que tenha optado pela segunda vaga estava pensando naquele momento em qualquer coisa além do tempo necessário com o carro”, declarou o chefe da Audi Sport Alan McNish ao site Motorsport.
“Agora, claramente, parece que as coisas caíram como uma luva para eles. Em termos esportivos, não era parte do plano. Mas agora consigo ver e entender o que aconteceu. Precisamos garantir que ninguém tenha perdas ou ganhos a partir de algo feito pelas razões certas. Precisamos tornar isso o mais neutro possível”.
A sétima temporada da Fórmula E terá início com a rodada dupla noturna em Diriyah, nos dias 26 e 27 de fevereiro, e por enquanto, são as únicas etapas confirmadas oficialmente pela categoria de carros elétricos.