Para Alejandro Agag, Fórmula 1 e Fórmula E deveriam convergir

Em entrevista recente ao site espanhol Marca, o fundador da Fórmula E Alejandro Agag voltou a comentar sobre um assunto que tem gerado debates nos últimos dois anos: uma possível fusão entre a categoria de carros elétricos e a Fórmula 1.

Para o dirigente espanhol, o cenário ideal é uma fusão entre as duas categorias. Agag acredita que com a mudança do setor automotivo que está abrindo mão dos carros a combustão, não fará sentido o principal campeonato mundial de automobilismo ter carros híbridos.

“Cinco anos atrás, ninguém teria imaginado que marcas como a GM em 2035 não farão mais carros a combustão ou governos como o britânico afirmarem que em 2030 não serão mais vendidos carros a combustão”, explicou Agag. “Em 10 anos veremos os carros a combustão como antiguidades.”

“Então, de que adianta o primeiro campeonato mundial de automobilismo ser a combustão? Isso não faz o menor sentido. Existem algumas tentativas de criar combustíveis sintéticos, mas isso é um artifício, uma desculpa para não usar eletricidade porque você não pode. Um combustível sintético custa 10 vezes mais do que um normal, então isso não leva a lugar nenhum.”

Por este ponto de vista, Agag acredita que o correto seria a convergência entre as duas competições. E comentou o que acredita que seria o grande ganho da Fórmula E em uma possível união com a F1.

“A Fórmula 1 tem uma coisa muito importante que eu adoraria ter, que é a história. Atualmente, o campeão de F1 é o sucessor de Senna, Lauda, ​​Fangio, Schumacher … é uma história de pouco mais de 70 anos enquanto a Fórmula E tem apenas 6. Já a F1 gostaria de ter a tecnologia elétrica ou a possibilidade de desenvolvê-la, que é o que que temos.”

Lembrando que atualmente a Fórmula E está em seu sétimo ano, o primeiro em que finalmente pode usar o status de Campeonato Mundial da FIA. Já a F1, atualmente trabalha com a possibilidade de atingir zero em emissão de carbono até 2030 e por isso, já começa a estudar as possibilidade para a mudança de regulamento prevista para 2025.