Relembre o retrospecto de Di Grassi e Vergne nas decisões anteriores

Depois de um equilíbrio impressionante nas oito primeiras etapas, Jean-Eric Vergne (DS Techeetah) e Lucas di Grassi (Audi Sport ABT Schaeffler), conseguiram pontuar nas provas seguintes, e se tornaram os únicos a vencerem mais que uma prova na temporada. Por isso, chegam a Nova Iorque para uma intensa disputa pelo bicampeonato.

O francês e atual campeão da categoria chega as ruas do Brooklin com a maior vantagem de um líder em relação ao segundo colocado em uma rodada final da Fórmula E: são 32 pontos, mais do que um hat-trick em um eprix (vitória, pole position e volta mais rápida rendem 29 pontos na Fórmula E).

Mas, nem todos que chegaram na liderança na última rodada, ficaram com o título na história da Fórmula E. Inclusive, Lucas di Grassi já virou uma diferença bem desagradável. Relembre como foram as decisões anteriores:

1ª Temporada – A virada quase aconteceu…

Virar o jogo na rodada final não é fácil. Na primeira temporada, o brasileiro Nelson Piquet Jr (China Racing Formula E Team) chegou a rodada dupla de Londres com 128 pontos, 17 a mais do que seu compatriota Lucas di Grassi (Audi Sport ABT Formula E Team), e 23 a mais do que o suíço Sébastien Buemi (Renault e.Dams).

Buemi fez a sua parte: conquistou a pole position e venceu a primeira prova, assumindo a vice-liderança e diminuindo a diferença em cinco pontos para o líder, Nelson Piquet Jr, que terminou em quinto com Lucas di Grassi na quarta colocação.

Mas na segunda prova do fim de semana, Buemi conseguiu o quinto lugar, enquanto o Nelson Piquet Jr terminou em 7º, posição suficiente para mantê-lo um ponto a frente do suíço e se tornar o primeiro campeão da Fórmula E.

Temporada 2 – Buemi vs Di Grassi, parte 01

A batalha pelo título da segunda temporada entre Sébastien Buemi e Lucas di Grassi foi espetacular. Ambos chegaram a rodada dupla em Londres separados por apenas um ponto, com o piloto brasileiro na liderança. E na primeira corrida, a diferença aumentou em mais dois pontos a favor de Di Grassi, que fechou a prova em quarto enquanto seu adversário ficou em quinto.

Mas o drama ficou maior após o treino classificatório: Buemi cravou a pole position e ganhou três pontos, empatando com Di Grassi na liderança. Na largada, o brasileiro largou em terceiro e na primeira curva, tentou ultrapassar o companheiro de Buemi na Renault e.Dams, o francês Nicolas Prost, mas errou e acabou acertando em cheio o suíço. Os dois bateram, e tiveram que ir aos boxes para trocar as peças que quebraram.

Ambos voltaram a pista e tentaram uma prova de recuperação, sem sucesso. Porém, enquanto Di Grassi não conseguiu terminar a corrida, Buemi cravou a volta mais rápida, conquistando dois pontos e garantindo o título da temporada.

Temporada 3 – Buemi vs Di Grassi, parte 02

O domínio da Renault e.Dams na primeira metade da temporada foi avassalador: cinco vitórias em seis provas disputadas, todas com Sébastien Buemi, o que tornou improvável que o suíço não conquistasse o bicampeonato.

Tanto é que após mais uma vitória, na oitava prova do campeonato realizada em Berlim, o atual campeão da categoria tinha 32 pontos de diferença em relação ao segundo colocado, o brasileiro Lucas di Grassi, e optou por se ausentar das duas provas seguintes para correr no WEC (Mundial de Endurance).

Na ausência de Buemi, Di Grassi diminuiu a diferença para dez pontos, levando a decisão para a rodada dupla de Montreal, no Canadá. E logo na primeira prova, tudo mudou: Lucas di Grassi fez a pole position, enquanto Buemi ficou em segundo, mas acabou perdendo dez posições no grid e largou em 12º, o que forçou o suíço a fazer uma prova de recuperação impressionante, terminando a corrida em 4º, com o brasileiro ficando com a vitória e a liderança.

O que já era ruim, piorou quando Buemi foi desclassificado horas depois do término da primeira prova, por conta de um dos carros ter ficado abaixo do peso necessário ao final da corrida. E com isso, a diferença passou a ser de 18 pontos a favor de Di Grassi.

Na prova final, Di Grassi chegou em sétimo, enquanto Buemi foi apenas o 11º colocado, e o brasileiro conseguiu dar o troco em relação um ano antes, quando sofreu a virada na rodada final. O título era dele.

Temporada 4 – Vergne não dá chances para Bird e vence antecipadamente

A decisão da temporada passada foi em Nova Iorque, com rodada dupla, como já é tradicional na categoria. Jean-Eric Vergne chegou aos Estados Unidos com 23 pontos de vantagem para o britânico Sam Bird, mas o então vice-líder do campeonato tinha a esperança de repetir o seu feito na temporada anterior, quando venceu a rodada dupla pelas ruas do Brooklin.

Porém, não foi bem assim: a vitória ficou com Lucas di Grassi e Vergne terminou em quinto, o que foi o suficiente para garantir o título já na primeira corrida do fim de semana, pois Bird terminou apenas na nona colocação.

Para completar, o francês fechou a temporada com chave de ouro, vencendo a segunda corrida de Nova Iorque, e com o brasileiro Lucas di Grassi terminando em segundo e terminando a frente de Bird no campeonato, que terminou a prova com apenas na 10ª colocação.

Será que Jean-Eric Vergne vai repetir a sua atuação em Nova Iorque? Será que Lucas di Grassi vai conseguir mais uma improvável virada?