Dixon acerta estratégia em corrida caótica e vence GP de Detroit da Indy

Scott Dixon venceu neste domingo (2) um caótico Grande Prêmio de Detroit de Indy. Em uma corrida marcada por um grande número de bandeiras amarelas e até uma chuva no circuito montado nas ruas da região central da capital de Michigan, o neozelandês da Chip Ganassi se valeu de uma estratégia de economia de combustível no último stint para sair com a vitória.

A segunda posição ficou com Marcus Ericsson, piloto da Andretti que tomou este posto na penúltima volta e terminou apenas oito décimos distante do vencedor. Marcus Armstrong, com outro carro da Ganassi, terminou em terceiro, sendo seguido por Kyle Kirkwood, quarto com outro carro da Andretti. Alexander Rossi, da McLaren, foi o quinto.

Will Power, que sofreu com incidentes e punições, acabou em sexto com a Penske, sendo seguido por Pato O’Ward, piloto da McLaren que sofreu com um incidente na primeira volta. Felix Rosenqvist, da Meyer Shank, acabou com a oitava posição, terminando à frente de Santino Ferrucci, nono com a AJ Foyt. Théo Pourchaire, da McLaren, foi o décimo.

Pietro Fittipaldi teve seu melhor resultado na temporada ao completar a corrida com a 13ª posição. O brasileiro chegou a andar na sétima colocação e brigou pelo top-10 ao longo da disputa com o carro da RLL. Já Helio Castroneves foi atingido por Ferrucci ainda no início da corrida, perdeu voltas e completou apenas com a 25ª posição com o carro da Meyer Shank.

A corrida contou com nada menos que oito intervenções do Safety Car, o que representou quase 40 minutos de disputa com o carro de segurança seguindo o pelotão.

A Indy prossegue já no próximo final de semana, quando será disputado o Grande Prêmio de Road America, corrida marcada para o circuito localizado em Elkhart Lake.

Confira como foi a corrida

A corrida, que começou com uma leve garoa em Detroit, teve na largada com Colton Herta mantendo a primeira posição, sendo seguido por Álex Palou e Scott McLaughlin. Após toque de Christian Lundgaard, Will Power rodou logo na primeira curva após a grande reta, onde ocorreu a largada, e causou um engavetamento com outros cinco pilotos. A bandeira amarela foi acionada.

Alguns pilotos optaram por visitar os boxes durante o período em bandeira amarela, e a corrida recomeçou na quarta volta com Kyle Kirkwood passando por Josef Newgarden para tomar a quarta posição. Mais atrás, Lundgaard passou por Scott Dixon, tomando o sexto posto. O piloto da RLL seguiu avançando e passou pelo vencedor da Indy 500 no sexto giro da corrida.

Herta mantinha a liderança com uma vantagem de pouco mais de meio segundo em relação a Palou, o segundo colocado. O americano da Andretti, porém, passou a abrir frente no nono giro da prova. O espanhol, por sua vez, perdeu desempenho e acabou superado por McLaughlin, Kirkwood e Lundgaard, despencando para o quinto lugar.

Claramente com problemas, Palou foi aos boxes na volta 12, ganhando um novo jogo de pneus macios. Quem se beneficiou foi Herta, que abriu quatro segundos de vantagem para McLaughlin, o segundo colocado. Quem largou com pneus macios começou a sofrer com o desgaste, e Lundgaard acabou superado por Newgarden, que tomou o quarto lugar na volta 15.

Enquanto Lundgaard foi aos boxes, a bandeira amarela foi acionada na volta 16 em um acidente envolvendo Helio Castroneves, que foi tocado por Santino Ferrucci e foi acertado por Kyffin Simpson. Palou, Pato O’Ward e Felix Rosenqvist foram alguns dos pilotos que optaram por visitar os boxes para trocar pneus e reabastecer. Os pilotos do pelotão da frente seguiram na pista.

A prova recomeçou na volta 22 com Kirkwood atacando McLaughlin pela segunda posição. Ferrucci foi punido com um stop and go pelo acidente com Castroneves, enquanto Rinus VeeKay passou por Pietro Fittipaldi para tomar a 12ª colocação. No 24º giro, o motor do carro de Christian Rasmussen apresentou problemas, obrigando o abandono do piloto da Carpenter.

Herta disparou dois segundos na frente de McLaughlin na 28ª volta, mesmo momento em que Fittipaldi visitou os boxes, trocando pneus duros no lugar dos macios que usava desde a largada. Com 31 voltas, foi a vez de Théo Pourchaire levar sua McLaren aos boxes. No giro seguinte, Newgarden avançou para o terceiro lugar ao passar por Kirkwood.

Segundo colocado, McLaughlin parou na barreira de pneus na volta 33, causando a terceira bandeira amarela da disputa. Os pilotos se dirigiram aos boxes, e pouco depois a chuva atingiu de vez o circuito. Com 37 voltas, Lundgaard tomou a ponta, seguido por Kirkwood, Power, Dixon e Ericsson. Parte dos pilotos seguiam com pneus slicks, e outros, com compostos de chuva.

A relargada veio na volta 41 com Kirkwood tomando a liderança da prova ao superar Lundgaard. VeeKay rodou e causou nova bandeira amarela, a quarta da corrida, no momento em que a pista começava a secar. O dinamarquês da RLL foi aos boxes, o que foi seguido pela grande maioria dos pilotos. Atrás de Kirkwood apareciam Dixon, Ericsson, Grosjean e Rossi.

A prova recomeçou na volta 46, e Colton Herta, ao tentar passar por Álex Palou, passou reto e levou consigo Tristan Vautier, causando mais uma entrada do Safety Car na corrida. A pista, neste momento, já estava completamente seca. A bandeira verde voltou a tremular na volta 53, com Lundgaard acertando Romain Grosjean, causando mais uma neutralização.

Em meio a mais um período de bandeira amarela, Newgarden e Dixon entraram nos boxes, perdendo posições. A prova retomou seu ritmo normal na volta 60 com Kirkwood, o líder, abrindo vantagem. Pourchaire acertou Canapino, e Fittipaldi se aproveitou para passar os dois e tomar a sétima posição. Na frente, Palou passou a atacar Rossi pela terceira posição.

Sting Ray Robb parou no muro na volta 64, causando a sétima bandeira amarela da disputa. Todos os líderes partiram para os boxes na volta 66, e Dixon tomou a liderança, seguido por Armstrong, Vautier e Newgarden. Kirkwood, que ocupava a ponta da corrida, caiu para o quinto lugar após a rodada de paradas nos boxes.

A corrida recomeçou na volta 70, com Palou e Newgarden batendo logo na primeira curva, o que causou nova intervenção do Safety Car. O vencedor da Indy 500 rodou e acabou coletado pelo atual campeão da Indy. A bandeira verde foi retomada na volta 74, desta vez sem incidentes na primeira curva. Kirkwood, que não precisava economizar combustível, passou por Vautier e tomou o terceiro posto.

O piloto do carro número 27 da Andretti passou a atacar Armstrong a partir da volta 77. Dixon, por sua vez, aproveitava para abrir vantagem na liderança. Vautier, que recomeçou a corrida em terceiro, despencou para o sexto lugar. Lundgaard voltou ao grupo dos dez melhores ao superar Pietro Fittipaldi no 79º giro.

Newgarden apareceu lento na pista após acertar o muro com a roda traseira. O vencedor da Indy 500 se dirigiu aos boxes após alguns momentos. Depois de abrir alguma vantagem, Dixon viu Armstrong se aproximar cortando a distância para 2,5 segundos. Fittipaldi despencou para a 14ª posição após ficar mal posicionado na pista quando outros pilotos buscavam superar Vautier.

Canapino, em décimo, acertou o muro na volta 88, mas se manteve na disputa. Kirkwood, mesmo com combustível garantido até o final da prova, não conseguia se aproximar de Armstrong, e passou a ser ameaçado por Ericsson, que fez a ultrapassagem. O sueco passou a andar mais rápido que Dixon e Armstrong, os dois líderes.

Dixon tinha Herta como retardatário, e não conseguia a ultrapassagem sobre o rival, que é companheiro de equipe de Ericsson, o terceiro colocado. A ultrapassagem do neozelandês da Ganassi sobre o retardatário veio com cinco voltas para o final da prova. Na penúltima volta, Ericsson finalmente passou por Armstrong, tomando a segunda posição.

Dixon viu Ericsson chegar, mas seguiu para vencer a prova, com o sueco em segundo. Armstrong fechou o top-3.