Vencedor na Indy, André Ribeiro morre aos 55 anos em decorrência de câncer de intestino

O esporte a motor brasileiro e mundial está em luto. No último sábado (22), o piloto brasileiro André Ribeiro morreu em decorrência de um câncer de intestino aos 55 anos, deixando três filhas e levando junto um pedaço da história do país nas pistas.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo F1Mania.net, o competidor brasileiro não havia contado sobre a doença para conhecidos próximos e havia escondido até mesmo de sua família.

André Ribeiro da Cunha, seu nome completo, tem longo e vitorioso currículo no esporte a motor. Sua carreira começou aos 19 anos, disputando no kart e conseguindo três vice-campeonatos, além de ter vencido por dois anos consecutivos as Duas Horas em 1986 e 87.

O piloto brasileiro foi para a Europa nos anos 1990, correndo em categorias de base em busca da F1, indo para certames como Fórmula Opel, Fórmula 3 Inglesa e Fórmula 3. Nessa última, conseguiu pole-positions e pódios, mas foi nos Estados Unidos que fez, de fato, seu nome no automobilismo mundial.

Após ter ido para o país norte-americano em 1994, foi correr na Indy Lights, categoria de acesso à Indy, pela equipe Tasman. Com quatro vitórias e um vice-campeonato ao final naquele ano, conseguiu uma vaga na equipe principal na Indy no campeonato seguinte, em 1995.

Na principal categoria de fórmula dos Estados Unidos, foi em 1996 que fez seu nome de forma definitiva. Após ter vencido uma vez no ano anterior, fez sua melhor campanha no certame ao ter triunfado três vezes, uma delas no Rio de Janeiro, no Jacarepaguá. Além de ser a estreia do país recebendo uma etapa da categoria, foi a primeira vitória de um brasileiro em uma categoria de ponta desde a morte de Ayrton Senna.

Ribeiro ainda marcou passagem na Penske, mas em uma temporada pouco competitiva da equipe. Sem conseguiu alcançar bons resultados ao longo do campeonato, terminou apenas na 22° colocação final e anunciou sua aposentadoria aos 31 anos no final de 1998.

Em seguida, se associou a Roger Penske, dono de uma das mais tradicionais equipes da Indy, abrindo concessionárias no Brasil com bandeiras Honda, Lexus, Toyota e Chevrolet. Ainda, foi sócio de Pedro Paulo Diniz na organização do Renault Speed Show na primeira metade da década de 2000, além de ter empresariado Bia Figueiredo e ser palestrante.