Pedrosa, que obteve o seu primeiro título aos 18 anos de idade na 125cc e o segundo em 2004 em sua estréia na 250cc, é considerado um dos pilotos mais promissores da competição.
“Tive esta oportunidade, vou ganhar menos dinheiro, mas para mim, o importante é ter a melhor moto, como havia falado com Alberto (Puig, seu empresário) e com a Movistar (o patrocinador que o acompanhou durante toda sua carreira). Como campeão mundial não poderia ir para a MotoGP com uma moto privada”, disse Pedrosa.
“A Honda me escolheu, suponho, por vários motivos. O primeiro talvez, por meus títulos e vitórias, mas também porque sou um piloto jovem e rápido e ainda tenho muito que aprender. Acho que querem me preparar para trazer de volta o título. Outra razão pode ser que desde que comecei a correr com 14 anos, sempre fui fiel a Honda. Não há outro piloto que possa dizer o mesmo”.
A Honda demonstra que a fidelidade é prioridade. Assim foi com a Repsol, que apesar de não ter um piloto espanhol desde a aposentadoria de Crivillé em 2001, renovou por mais três anos com a fábrica japonesa. E assim foi com Pedrosa, o piloto eleito para pilotar a melhor máquina da MotoGP.
Pedrosa subiu com o apoio da fábrica japonesa, desde a sua estréia na Movistar Junior Cup, sob a orientação do ex-piloto Alberto Puig.
“Quando a Honda me contactou, as coisas estavam claras para o Alberto (Puig) e eu: a moto primeiro, o dinheiro é outro assunto. Conseguir a melhor moto era a prioridade. Correr para uma equipe satélite seria muito interessante do ponto de vista econômico, mas o mais importante é ter uma moto competitiva, já que tenho muito tempo para ganhar dinheiro.”
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m 2004, Pedrosa teve o primeiro contato com uma 4-tempos no circuito Ricardo Tormo, depois da última etapa temporada e o pequeno espanhol sabe que domar uma moto de 990cc será um verdadeiro desafio para si.
“Quando testei a moto da MotoGP da Honda no ano passado, em Novembro, em Valência, percebi que a moto era muito grande para mim. Terei que trabalhar muito. É uma moto perigosa, já que não permite erros. Ao sofrer uma queda é muito fácil se lesionar. Com este tipo de moto, as retas são muito curtas – quase não existem!”
“Não tenho medo de competir contra outros pilotos da MotoGP, a minha única preocupação é a preparação física. Espero conseguir pilotar uma moto que é muito mais pesada do que a minha de 250cc. Na MotoGP, se quiser ser sério, não se pode desfrutar da corrida. Em última instância, somos apenas recompensados pelo sofrimento que passamos.”
A respeito de que a Honda estaria fazendo uma moto sob medida para ele. “Não creio que estas palavras vieram da Honda. Oxalá fosse verdade, mas sinceramente, não sei”.
Pedrosa ainda não sabe quanto aos mecânicos que vai poder contar. “É muito importante ter um grupo de trabalho a seu lado, que quer o melhor para você. Espero ter o melhor grupo possível”.