O fabricante de pneus da MotoGP, Michelin, diz que está ciente da ameaça que a Bridgestone representa no circuito Nelson Piquet, este fim-de-semana, depois do pódio conquistado por Makoto Tamada na temporada passada. A borracha dos Bridgestone de Tamada provou estar perfeitamente adaptada à pista brasileira e o chefe do departamento de competição motociclística da Michelin, Nicolas Goubert, diz que a escassez de tempo de testes naquela pista faz com que tenham de trabalhar arduamente durante as sessões de treinos se quiserem manter o domínio na corrida de domingo.
“Da mesma forma que em Welkom e em alguns outros locais, nunca aqui testámos”, explica Goubert. “Um facto que nos pode impedir de melhorar em relação ao que já aqui conseguimos fazer, dado que a informação é escassa. Sabemos que temos de melhorar no Rio, já que a concorrência ficou bem perto na última vez. Daí que estejamos muito ansiosos em relação à corrida deste ano.”
“O problema do Rio não é tanto a aderência que tem estado bem desde que asfaltaram a pista há uns anos. O problema é a sujidade, dado que não é muito utilizada. Isso pode trazer complicações especialmente no primeiro dia antes de haver borracha depositada no traçado. E se chover a pista ficaria novamente suja. No entanto, também não deverá ser um problema por aí além se chover.”
Goubert acrescenta que a chave para o sucesso pode muito bem ser o pneu dianteiro de 16.5 polegadas, o qual foi adoptado pela quase totalidade dos pilotos depois de testes satisfatórios levados a cabo na primeira metade da temporada.
“Esta será a primeira vez que alguém utiliza um pneu de 16,5 polegadas no Rio”, revelou. “Ficámos muito satisfeitos depois da recente corrida em Barcelona, dado que a endurance é um problema tanto para o pneu traseiro como para o pneu dianteiro naquela pista. No entanto, depois de termos ganho aquela corrida, o Valentino disse que a frente estava perfeita.”
“Aquele pneu tem uma maior superfície de contacto do que o anterior, o que pode ser útil no Rio dado que é o tipo de pista em que os pilotos necessitam de ter um bom pneu dianteiro. Estamos igualmente à espera que o novo pneu traseiro venha trazer algumas vantagens em relação ao S4 do ano passado nesta mesma pista. O deste ano oferece mais aderência na lateral, o que deve ajudar no Rio, já que existem muitas curvas longas.”