O chefe da Honda MotoGP, Alberto Puig, afirmou que não pode ter certeza de quanto tempo vai demorar para Jorge Lorenzo se adaptar na próxima temporada, na Honda, vindo da Ducati.
Lorenzo vai para a Honda depois de duas temporadas na Ducati, onde registou o seu primeiro campeonato sem vitórias no ano passado enquanto lutava para se aclimatar à equipe, após nove anos na Yamaha.
No entanto, o campeão de MotoGP de 2010, 2012 e 2015, marcou finalmente a sua primeira vitória com as cores da Ducati no mês passado em Mugello, seguindo com um segundo sucesso em Barcelona, embora a decisão da marca italiana de o substituir por Danilo Petrucci tenha ocorrido antes disso.
Ao mesmo tempo que Puig disse que o histórico de Lorenzo sugere que ele tem o “potencial” de recriar sua carreira vitoriosa na Honda, ele admite que há incerteza de quanto tempo isso levará para ocorrer.
“Lorenzo tem três títulos de MotoGP, acreditamos que ele tem potencial para obter bons resultados com a nossa moto”, afirmou Puig. “Esperamos que ele tente chegar ao mesmo nível e correr para vencer, como fez no passado”.
“Mas você nunca sabe como um piloto pode se adaptar a uma máquina, às vezes é fácil, às vezes não é fácil. Demorou bastante tempo para ele entender a Ducati. Uma vez que ele entendeu, ele ganhou duas corridas seguidas”.
“Esperamos que ele seja rápido. Com que rapidez? Não sabemos. Quando ele será rápido? Também não sabemos”.
“Mas acreditamos que com seu potencial e sua carreira de piloto, ele não está vindo para a Honda apenas para ficar na pista.”
Lorenzo substituirá o aposentado Dani Pedrosa em 2019, e Puig diz que o fato de sua nova contratação ter um jeito fundamentalmente semelhante de pilotar de Pedrosa pode ajudar e facilitar sua transição.
“Ambos, tanto Lorenzo como Pedrosa, de certa forma são suaves”, disse Puig. “Lorenzo carrega velocidade nas curvas, e Dani é bom em virar e acelerar a moto”.
“Ter pilotos diferentes é muito interessante para o nosso lado porque você pode desenvolver máquinas, eles podem aprender, tentar ver diferentes maneiras. Os engenheiros aprendem com os pilotos, então vamos ver o que Lorenzo traz para a Honda”, finalizou Puig.