Marc Márquez está oficialmente de volta à MotoGP. O espanhol ficou afastado das pistas por longos nove meses, ou 265 dias, mas, enfim, a sexta-feira de treinos livres em Portimão, Portugal, marcou o retorno do hexacampeão para cima de sua Honda.
O competidor enfrentou um longo e tortuoso caminho até este 16 de abril. Na primeira etapa de 2020, o GP da Espanha, sofreu uma forte queda e fraturou o úmero do braço direito. Desde então, passou por três operações, uma infecção óssea, fisioterapia e treinos para o tratamento do membro.
A expectativa era de que a volta acontecesse na primeira prova deste ano, no Catar. Entretanto, os médicos aconselharam Marc a esperar mais um tempo para não correr riscos desnecessários. Portanto, após perder as duas primeiras disputas do calendário, tem no GP de Portugal a sua chance de redenção.
E muito mudou desde que o espanhol correu sua última prova no Mundial de Motovelocidade. Antes líder absoluto, agora vê um grid totalmente embolado e com a distribuição de forças mais igualada, com uma Suzuki recém-campeã com Joan Mir, uma Yamaha começando a se recuperar e equipes satélite mostrando seu poder – o atual líder da classificação é Johann Zarco, titular da Pramac, time da Ducati. Até mesmo seu companheiro de equipe mudou – agora é Pol Espargaró.
Mas nada foi capaz de esconder a felicidade de estar reunido com sua RC213V mais uma vez. E logo a alegria refletiu em resultados: no primeiro treino, terminou com o terceiro melhor tempo da tabela, algo que classificou como “difícil de encontrar apenas uma palavra para descrever o primeiro treino, mas senti muita felicidade.”
Na parte da tarde portuguesa, mais uma vez o piloto mostrou já boa velocidade e encerrou o dia como o sexto mais veloz do grid. “Primeiro dia completado após nove meses. Estou muito feliz com a sensação, a única questão é como os músculos de meu braço vão ficar após todo o esforço do final de semana”, ressaltou em suas redes sociais.
E com o 1min40s339, Marc tratou de ser a melhor Honda na pista, com seu companheiro também espanhol fechando apenas no 12º posto, mais de 0s400 mais lento que o recém-retornado colega de box. Se fosse no sábado, Márquez iria direto para a fase final da classificação, enquanto Pol precisaria brigar no Q1 da tomada de tempos.
Marc Márquez ainda vai levar tempo até se adaptar totalmente à MotoGP, afinal, são nove meses afastado – o próprio competidor já pregou cautela. Mas com um piloto que tem seis títulos em sete etapas disputas, não se pode duvidar de que esse tempo seja questão de dias.
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