Categoria: Moto3
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11 de maio de 2004 16:00

Di Meglio a nova esperança francesa

Mike di Meglio prepara-se para correr em casa, em Le Mans, este fim-de-semana ciente que estará debaixo dos olhares dos fãs locais e de dezenas de jornalistas que o consideram já o futuro do motociclismo francês. Depois de tão positivo início de temporada nas 125cc torna-se difícil contrariar o optimismo dos franceses. O quinto lugar na jornada de abertura em Welkom após uma qualificação na primeira linha foi o suficiente para abafar o desaire de Jerez.

O jovem de 16 anos espera voltar às boas prestações em piso seco durante esta jornada, mas admite que vai ser complicado manter a concentração a correr no seu Grande Prémio.

“Vai estar muita gente em Le Mans, o que trará mais pressão,” diz Di Meglio, o único representante francês a tempo inteiro na categoria mais baixa.

“Já falei com os meus mecânicos e eles vão fazer tudo para reduzir a pressão sobre mim. Vamos olhar para este Grande Prémio como para outro qualquer. O facto de estar a correr em casa talvez me dê mais motivação, mas como dou sempre 100 % será como outra corrida qualquer.”

“É claro que o facto de ser o único francês a tempo inteiro nas 125cc me deixa muito satisfeito, mas isso não me provoca muita pressão. Sei que tenho de estar sempre no meu melhor para estar no topo.”

“Não rodei muito em Le Mans, aliás, é um circuito onde ninguém roda muito. Só fiz uma corrida nesta pista quando corrida em França e, claro está, o Grande Prémio do ano passado. Bastante diferente do que se passa com os espanhóis e italianos que rodam muito nos seus circuitos. Em França não é assim.”

O clube de fãs de Di Meglio não se limita ao seu país natal, do outro lado dos Alpes o piloto conta com o forte apoio de tios e tias.

“Parte do meu coração é italiano, como parte da minha família também o é,” revela o jovem. “Italiano não é bem. É mais um coração siciliano. Tenho família em três cidades da Sicília.”

Di Meglio teve uma temporada de estreia difícil em 2003, sendo obrigado a várias trocas de equipas nunca competindo com maquinaria de topo e terminado o ano no 28º lugar com apenas cinco pontos. Contudo, a assinatura de contrato com a Globet.com Racing Team, dirigida pelo experiente companheiro de equipa Gino Borsoi, revitalizou a sua ainda curta carreira e fez dele um dos pilotos mais sensacionais da classe de 125cc.

“É uma equipa muito mais unida. Tratam-me bem e faço tudo o que posso para que me compreendam,” explica. “Tentamos ter o melhor material do mercado e eu tento sempre ir além das minhas capacidades para que sejamos capazes de trabalhar ao mais alto nível. Sei que vão surgir altos e baixos, mas estamos a caminhar na direcção certa e espero não ter muitos baixos ao longo do caminho.”

“O Gino por vezes ajuda-me em pista, ele não me corta o andamento como acontece com outros pilotos mais à frente. Mostra-me a telemetria e fazemos comparações para ver se entendemos os dados melhor e no final de cada sessão conversamos um bocado sobre os problemas que surgem.”

“Ele é muito simpático e deixa-me passar se eu estiver mais rápido. Aliás, como aconteceu na África do Sul. Espero que o volte a fazer no futuro para poder continuar a aprender”.

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