Depois de a notícia ter vazado na última sexta-feira, a MotoGP confirmou oficialmente em uma coletiva de imprensa neste sábado que está mudando o formato de disputa da categoria principal no próximo ano. Apesar de os detalhes ainda precisarem ser acordados, os GPs terão a corrida normal aos domingos, mas deverão ter outra prova sprint com metade da distância de uma corrida normal aos sábados, distribuindo metade dos pontos para os pilotos.
A classificação seguirá no formato atual, com Q1 e Q2, com o grid contando para as duas corridas do final de semana.
“Tem sido o objetivo do campeonato tentar melhorar tudo o máximo que pudermos, e trabalhando em todas as áreas”, disse o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta.
“Temos buscado outros esportes, diferentes possibilidades, para oferecer um espetáculo melhor. Isso foi discutido com a FIM, os fabricantes e as equipes.”
A ideia da corrida sprint recebeu uma recepção mista dos pilotos de MotoGP na sexta-feira. Respondendo às reclamações de que os pilotos não sabiam da decisão de antemão, Ezpeleta acrescentou:
“Os pilotos devem ser informados pelas equipes. Aqueles que não foram informados, falei ontem na Comissão de Segurança. Compartilhamos opiniões diferentes e consideraremos posições diferentes. Teremos uma corrida de sprint no sábado que não contará para o grid, e o resto dos detalhes podemos discutir.”
O presidente da IRTA, a associação de equipes, o dono da Tech3 Herve Poncharal, disse: “se você não avança, dá um passo para trás. Embora nosso programa seja ótimo, isso não significa que você não possa melhorar”.
“Sim, analisamos o que está acontecendo em outros lugares e o que funciona em outros lugares. Tivemos uma reunião com todas as equipes independentes de MotoGP e eles apoiaram unanimemente a ideia. Também será melhor para a mídia e patrocinadores. Não haverá mais custos porque não haverá mais ação na pista, então não precisaremos mudar a alocação de pneus ou motores. Vamos tentar não dar mais trabalho aos pilotos, mas fornecer mais ação e emoção.”
Com isso, a MotoGP deverá ter em 2023 mais de 40 corridas na temporada, com as vitórias das sprints valendo 12,5 pontos e devendo contar para as estatísticas gerais de cada piloto. Moto2 e Moto3 seguem no modelo de disputa atual.
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