MotoGP: Chefe da Yamaha vê aderência traseira como decisiva para performance

Diretor técnico da Yamaha, Max Bartolini acredita que o time deve priorizar a aderência traseira para melhorar seu desempenho na temporada de 2025 da MotoGP. Segundo ele, o pneu traseiro é o dominante na era Michelin da classe principal, enquanto na era Bridgestone, antes de 2016, o pneu dominante era o dianteiro.

“Normalmente, dos dois pneus (dianteiro ou traseiro), você sempre trabalha no mais forte deles”, disse o italiano ao site Crash.net.

“Para a Bridgestone, o mais forte era o pneu dianteiro. O traseiro basicamente ficava quase constante durante a corrida, nunca realmente caindo em desempenho. Então, se você se lembra de 2016, quando começamos com a Michelin, o traseiro era muito forte, mas o dianteiro era muito difícil de controlar. Tivemos muitas quedas no primeiro teste.”

“Então a Michelin fez um ótimo trabalho porque o dianteiro agora está muito, muito, muito melhor do que no começo.”

“Mas o traseiro ainda é muito, muito forte, então é por isso que os pilotos falam muito sobre aderência traseira.”

“Quem for capaz de usar 100% da aderência traseira, pode ser mais rápido.”

Para Bartolini, aderência traseira não importa apenas em zonas de aceleração.

“Cada curva tem uma fase de frenagem, entrada, velocidade de curva e aceleração”, disse ele.

“A velocidade de entrada e de contorno é mais difícil e obter do que a aceleração. E se você não tiver velocidade de entrada e curva, você nunca terá boa aceleração.”

Melhorar o desempenho do pneu traseiro é uma das razões pelas quais a Yamaha – que não foi a um pódio em 2024 – está desenvolvendo um projeto de motor V4 junto com seu 4 em linha.