MotoGP: Espargaró diz que motos de hoje parecem F1, “mas o corpo ainda é o mesmo”

O excesso aerodinâmico na MotoGP faz com que as motos sejam muito mais físicas do que costumavam ser nos últimos ano. Quem fez o alerta foi o espanhol Aleix Espargaró, que especialmente no último GP da Itália sentiu o peso de sua Aprilia.

“As motos são mais rápidas porque temos muito downforce, mas os braços dos pilotos são os mesmos há dez anos”, disse Espargaró.

“Você pode ter mais downforce e a moto ficar cada vez mais pesada, mas os braços são os mesmos e a força dos músculos é a mesma. Acho que estamos todos em melhor forma do que há dez anos, mas não podemos mudar o corpo. As motos parecem um carro de Fórmula 1 e os tempos por volta são extremamente rápidos.”

Francesco Bagnaia, da Ducati, conquistou a vitória no GP da Itália de 2024 com um tempo de 40m 51,385s, exatos 25s478 mais rápido do que o seu tempo no ano anterior. Espargaró foi o sexto colocado em 2023 e o 11º esta temporada, mas ainda assim melhorou seu tempo de corrida em 17s204.

“Mais uma volta e teria de abandonar, inacreditável. A moto estava super agressiva, super nervosa e não conseguia mais acelerar. Eu não conseguia frear. Nas últimas 8 ou 10 voltas freava apenas com um dedo.”

“É claro que não tivemos o melhor acerto em Mugello, mas penso que no geral todos foram bastante semelhantes. Isso significa que o downforce que temos na MotoGP em geral é demais para o corpo humano. Demais.”

As regras técnicas de 2027 reduzirão o desempenho em diversas áreas, incluindo a aerodinâmica.

“Espero que as motos sejam mais lentas e menos físicas, porque agora estão extremamente físicas e com downforce inacreditável”, disse ele.



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