A MotoGP poderá ver nos próximos anos uma queda na cilindrada de seus motores novamente. Quem citou a possibilidade foi o o diretor de competições da KTM, Pit Beirer, que disse que a fábrica austríaca abandonou sua oposição à redução.
“Concordamos com a redução para 850cc”, disse Beirer à Speedweek.com. “Achamos que esta é uma redução relativamente sensata”.
“Porque se você tirar as 150cc, o torque e a potência são retirados desta classe. Você pode desenvolver regulamentos de MotoGP muito legais com 850cc. Existe agora uma maioria estável para as 850cc.”
Ele revelou que a KTM inicialmente ficou do lado da Aprilia ao acreditar que uma maneira mais barata de reduzir o desempenho do motor e as velocidades máximas seria alterar o diâmetro máximo do cilindro dos atuais motores de 1000cc (81 mm).
“Em princípio, a Aprilia gostaria de manter o motor de 1000cc. Essa também foi originalmente a nossa ideia. Mas depois de muita discussão, passamos para a direção das 850cc, o que definitivamente tem aspectos positivos”, disse Beirer.
“Claro que inicialmente foi um fator de custo para nós não mudarmos o motor tão radicalmente porque teria sido mais barato continuar a trabalhar com base num motor existente. E o lado dos custos diz respeito não apenas à Aprilia, mas a todos nós.”
A era quatro tempos da MotoGP começou com as motos quatro tempos 990cc, que substituíram os modelos dois tempos de 500cc a partir de 2002. Porém, uma mudança para 800cc entre 2007 e 2011 resultou em curvas de potência altas, pela tentativa dos engenheiros de recuperar a ação dos motores. Isso gerou uma maior dependência da eletrônica avançada para controlar a entrega, o que encareceu a MotoGP e tornou as corridas monótonas.
Assim, a categoria voltou para as 1000cc em 2012. Agora, a MotoGP espera que a ECU única, introduzida desde 2016, evite os problemas do passado na era 800cc.