Fittipaldi empolgado com participação na categoria

O automobilismo ganhou uma nova categoria: a A1 Grand Prix, criada pelo xeque de Dubai Maktoum Hasher Matkoum al Maktoum, que terá suas corridas disputadas no intervalo entre as temporadas da Fórmula 1 (de setembro até março). A etapa de abertura do primeiro campeonato está marcada para o circuito de Brands Hatch, na Inglaterra, no dia 25 de setembro. A data marca também o início de uma nova fase na vida profissional de Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1 e campeão da Fórmula Mundial, que será o diretor-técnico da equipe brasileira da categoria. O conceito principal da A1 Grand Prix é realizar uma competição entre equipes, não entre pilotos. Cada time representa uma nação, fazendo da categoria uma espécie de Copa do Mundo do automobilismo.

Emerson Fittipaldi acredita que a A1 Grand Prix veio para tornar o automobilismo ainda mais popular em todo o mundo. “É um conceito novo, que dá chances para mais países do que qualquer outra categoria. Algumas nações que nunca tiveram representantes na Fórmula 1, por exemplo, ganharam a oportunidade de disputar um campeonato de nível mundial, com custo mais acessível”, afirma. Esta será sua terceira experiência no comando de uma equipe (já dirigiu times na Fórmula 1 e na Fórmula Mundial). A presença do jogador Ronaldo como dono da equipe brasileira também deixa Emerson Fittipaldi entusiasmado. “Ele vai atrair muitos fãs do futebol para o automobilismo”, comenta.

Todos os pontos na A1 Grand Prix vão para o país representado pela equipe, não para o piloto, o que permite até mesmo um rodízio entre pilotos durante a temporada. Emerson Fittipaldi ainda não escolheu quem vai guiar o carro brasileiro, mas já foi procurado por Tony Kanaan, Cristiano da Matta e Mario Haberfeld, entre outros. “O nosso piloto precisa ter muita facilidade para aprender as pistas (quase todas são desconhecidas), boa comunicação com o engenheiro e muita sensibilidade no acerto do carro. Já o engenheiro precisa ser capaz de colocar o carro na pista com um ajuste eficiente mesmo sem grandes referências”, revela Emerson Fittipaldi.

Ainda não há uma exigência para que a equipe técnica seja inteiramente formada por brasileiros, embora seja um desejo de Emerson Fittipaldi. “Queremos uma equipe totalmente brasileira em no máximo dois anos. Esta pode ser uma grande escola para nossos engenheiros e mecânicos, além de revelar grandes pilotos”, conclui. O equipamento será idêntico para todas as equipes: chassi Lola, motor Zytec de 550 cavalos e pneus Avon. Por enquanto, não será realizada nenhuma corrida na América do Sul, mas existe a idéia de fazer uma prova no Brasil no máximo até 2007. A categoria promete reunir 25 carros no grid e cada time terá direito a um carro e um piloto reserva. A organização da A1 Grand Prix terá três Jumbos para o transporte dos equipamentos.