Termina neste domingo (06/2) a 43ª edição das 24 Horas de Daytona, a mais prestigiada prova de Endurance nos Estados Unidos e uma das principais do calendário mundial de provas de longa duração. A prova, iniciada na tarde de sábado, tem sua bandeirada final prevista para as 15 horas (Brasília). A corrida está sendo realizada no traçado misto do lendário Daytona International Speedway, um dos mais tradicionais circuitos norte-americanos.
Quatro brasileiros estão disputando a prova, que abre o calendário da Grand-Am Series, principal categoria de Endurance da América: o brasiliense Roberto Pupo Moreno (Spirit of Daytona), o mineiro Cristiano da Matta (Newman Racing), o carioca Tomas Erdos (Synergy Racing) e o paulista Christian Fittipaldi (Bell Motorsport). Além do Brasil, a prova conta com pilotos de 26 países. Entre eles, encontram-se alguns grandes nomes do automobilismo mundial, como o austríaco Karl Wendlinger e o sueco Stefan Johansson, ex-pilotos de F-1, o canadense Paul Tracy e o francês Sebastien Bourdais, respectivamente campeões em 2003 e 2004 da Fórmula Mundial, o neozelandês Scott Dixon, e o australiano Ryan Briscoe (ex-piloto de testes da Toyota na F-1 e recém contratado pela Ganassi), da Fórmula Indy, entre outros nomes.
Mais experiente dos quatro brasileiros inscritos na corrida, Pupo Moreno, ex-piloto de F-1 e F-Mundial realizou em Daytona seu reencontro com as provas de Endurance, já que havia disputado uma única prova do tipo em seus 26 anos de carreira. “Vou pilotar em um circuito consagrado, que eu ainda não conhecia. E participar de uma prova longa, apenas pela segunda vez em minha carreira, será um novo desafio, pois terei a pilotagem noturna, que não é algo que estou acostumado”, comentou o extrovertido brasiliense, que nas 24 Horas de Le Mans de 1984 dirigiu por apenas uma hora, antes que seu carro quebrasse e abandonasse a competição. Animado, disse ter ficado impressionado com o avanço e a tecnologia dos carros atuais, comparando com os bólidos usados na década de 80. “Fiquei impressionado com a tecnologia e desempenho deste carro. Não tem nada a ver com o Porsche 962 que pilotei há 20 anos atrás, que tinha graves problemas de aerodinâmica e de estabilidade. O Crawford Pontiac é fantástico e dá prazer em dirigir. Além de uma boa potência, ele tem uma aerodinâmica refinada, chassi leve e resistente, suspensão bem eficiente e até controle de tração. Dá um tremendo prazer em dirigir. Só que não tem conforto e deve cansar no final da corrida”, completou sorrindo.