O resultado da 43ª edição das 24 Horas de Daytona, a principal corrida de Endurance dos Estados Unidos e uma das três mais importantes do mundo realizada no último final de semana (05 e 06/2), não foi bem o que os quatro brasileiros participantes esperavam. O brasiliense Roberto Pupo Moreno, o mineiro Cristiano da Matta e o paulista Christian Fittipaldi abandonaram com problemas em seus respectivos carros. O carioca Thomas Erdos recebeu a bandeirada, mas somente na 34ª posição, depois de ficar quase quatro horas parado. “Claro que todos nós queríamos vencer, ou pelo menos terminar bem a prova. Mas é uma prova muito longa, exigente, e que coloca a prova os carros, pilotos e mecânicos. Infelizmente ficamos fora, mas com certeza estamos muito contentes em ter participado de uma prova tão prestigiada, junto com um seleto grupo de pilotos”, conformou-se Pupo Moreno, o mais experiente brasileiro a participar desta corrida. A vitória depois de 24h01min32s87 e 710 voltas completadas no lendário circuito da Flórida, cobrindo 4.068 km, ficou para o trio Wayne Taylor (EUA), Max Angelelli (ITA) e Emmanuel Collard (FRA), com um protótipo Riley/Pontiac.
Depois de largar da 19ª posição do grid formado por 63 carros, conduzidos por cerca de 250 pilotos de 26 países, o quarteto formado por Roberto Pupo Moreno, o francês Stefan Gregoire (FRA) e os norte-americanos Doug Goad (EUA) e Bob Ward chegou a ocupar a décima posição com o Crawford/Pontiac, no decorrer do primeiro quarto da prova. Logo depois, o carro da Spirit Of Daytona Racing começou a apresentar seguidos problemas de superaquecimento. “Não tínhamos um carro muito rápido, mas estávamos extremamente constantes, o que seria importantíssimo para uma corrida tão dura. E fomos pegos de surpresa, pois a única coisa que não esperávamos, era problema com o motor”, explicou Pupo Moreno. A equipe trocou a bomba d’água, o radiador e até a junta do cabeçote, até ser obrigada a abandonar a competição sem ter resolvido o defeito.
Para o experiente Pupo Moreno, só o fato de ter corrido em um palco tão consagrado, já o deixou realizado. “Ser convidado a participar de uma prova com tanto prestígio foi muito importante para mim. Foi um passo diferente e muito proveitoso para a minha carreira”, assegurou o piloto que fez apenas a sua segunda corrida de Endurance em 26 anos de carreira. “Andei em um evento que tem um ambiente e emoção muito legal, com um carro de tecnologia avançada, contra equipes muito fortes com pilotos de alto nível. Foi uma experiência nova andar com tráfego, passando muitos carros da categoria GT, que são mais lentos principalmente nas curvas, mas eu me saí muito bem. Estas novidades abriram a minha cabeça para novas possibilidades em minha carreira”, comentou o ex-piloto de Fórmula 1 e Fórmula Mundial.
Os primeiros nas 24 Horas de Daytona foram:
1) Wayne Taylor (EUA)/Max Angelelli (ITA)/Emmanuel Collard (FRA), Riley/Pontiac, 710 voltas;
2) Butch Leitzinger (EUA)/Elliott Forbes-Robinson (EUA)/Jimmie Jonhson (EUA), Crawford/Pontiac, a 11 voltas;
3) Jan Lammers (HOL)/Andy Wallace (ING)/Tony Stewart (EUA), Crawford/Pontiac, a 11 voltas;
4) Stefan Johansson (SUE)/Jamie McMurray (EUA)/Court Wagner (EUA), Riley/Lexus, a 12 voltas;
5) Fabrizio Gollin (ITA)/Matteo Bobbi (ITA)/Didier Theys (BEL), Doran/Lexus, a 13 voltas;
6) Scott Dixon (NZL)/Darren Manning (ING)/Casey Mears (EUA), Riley/Lexus, a 16 voltas.
34º) Thomas Erdos (BRA)/Mike Newton (ING)/Burt Frisselle (EUA)/Brian Frisselle (EUA), Doran/BMW, 523 voltas;
49º) Christian Fittipaldi (BRA)/Paul Tracy (CAN)/Tony Borcheller (EUA)/Forest Barber (EUA)/Ralf Kelleners (ALE), Doran/Pontiac, 328 voltas;
51º) Cristiano da Matta (BRA)/Sebastien Bourdais (FRA)/Paul Newman (EUA)/Michael Brockmman (EUA), Crawford/Ford, 290 voltas;
58º) Roberto Moreno (BRA)/Stefan Gregoire (FRA)/Doug Goad (EUA)/Bob Ward (EUA, Crawford/Pontiac, 194 voltas.