A história da “500 Kilometros de Interlagos” – que vai ter a 22ª edição disputada no próximo dia 31 de agosto, valendo como terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance -, começou a ser escrita num 7 de setembro.
O objetivo da criação da corrida foi exaltar a data máxima de um país que naquele longínquo 1957 vivia a “Era Juscelino Kubitcheck”, na qual o nacionalismo tomava conta de um povo que assistira pouco tempo antes a instalação no país da Indústria Automobilística.
A missão de criar uma corrida onde a principal vedete seriam os carros já produzidos por aqui coube aos dirigentes do Automóvel Clube Paulista, o mesmo que fora responsável no ainda mais distante ano de 1908 pela promoção da primeira competição automobilística no estado de São Paulo, um evento iniciado no bairro da Água Branca, que passou por Pinheiros, foi até Itapecerica da Serra, e terminou de novo na Água Branca, na Zona Oeste da capital paulistana.
Mexe daqui, ajeita dali (principalmente no asfalto de Interlagos), e de repente tudo estava pronto para que a primeira edição da “500 Km” pudesse ser realizada, com direito a transmissão ao vivo pela Rádio Pan-americana (a atual Jovem Pan), onde a narração foi feita por Wilson Fittipaldi, o “Barão”, pai de Emerson e Wilsinho.
Na corrida de 7 de setembro de 1957, Ciro Caires liderou as 105 primeiras voltas pelo anel externo de Interlagos, onde ao “virar” 1min45s com seu Ferrari registrou o primeiro recorde da história da disputa que Celso Lara Barberis venceria depois que Caires teve problemas mecânicos em seu carro.
A corrida terminou com Luiz Valente e Godofredo Viana respectivamente na segunda e terceira posições.
1) Celso Lara Barberis (Maseratti/Corvette), 154 voltas em 3h46min27s02 (média de 132 km/h)
2) Luiz Valente, 145 voltas em 3h46min50s02
3) Godofredo Viana Filho, 142 voltas em 3h46min59s02
4) Antonio Mendes de Barros – 127 voltas em 3h46min47s09
5) Rafael Gargiulo – 121 voltas em 3h47min45s01
6) Luiz Américo Margarido
Fonte: www.speedonline.com.br