A largada para os 500 km de São Paulo, neste domingo (15), às 13h00, marca os 50 anos de uma das provas de longa duração mais tradicionais do Brasil. Um modelo de corridas que virou febre no país há meio século, mas preserva até hoje o espírito de sua primeira edição, disputada em 1957. Desde aquela época, a prova tem por tradição reunir todos os tipos de pilotos e carros de competição. Não por acaso, teve nomes como Emerson Fittipaldi, Wilson Fittipaldi, Ingo Hoffmann, Fritz D’Orey, José Carlos Pace, Luis Pereira Bueno e Chico Landi escrevendo parte de sua história, que abre mais um capítulo em 2008.
A data comemorativa não é o único motivo para festa nos 500 km de São Paulo. A prova, que esteve ausente do calendário no ano anterior em função das obras no autódromo de Interlagos para a decisão do mundial de Fórmula 1, está de volta com grid cheio e uma programação com perfil festivo, que inclui corrida de carros antigos e três modalidades de festival de regularidade. Foi a maneira encontrada pelo Automóvel Clube Paulista, promotor do evento, para permitir que o maior número de apaixonados por carros pudesse participar dos 500 km de São Paulo, seja na prova principal, seja nas atividades paralelas.
Além das atividades de pista, haverá também exposição de Hot Rod, Muscle Car e Custom. A idéia é mesmo atrair públicos diferenciados ao autódromo. No grid dos 500 km de São Paulo, os carros serão divididos em quatro categoria distintas (I, II, III e IV) e embora as inscrições continuem abertas o número de participantes já passa dos quarenta, com alguns nomes de destaque, como o dono da equipe Nascar da Stock Car, Aloysio Andrade Filho. “Estou muito contente com a volta dos 500 km de Interlagos. É preciso preservar as provas tradicionais do automobilismo”, afirma.
Ele disputará a categoria I, em parceria com Ciro Aliperti Jr., num protótipo de carenagem semelhante ao Audi R10 TDI, que venceu as 24 horas de Le Mans do ano passado. O carro, na verdade, é uma versão melhorada do que ele usou para fazer a pole position dos 500 km de São Paulo em 2006. “Tiramos quase 80 kg, mexemos bastante no acerto e deixamos o carro mais estável”, revela Aloysio Andrade Filho, que enfrentará forte concorrência, já que a categoria I é a mais competitiva dos 500 km de São Paulo.
Uma pequena amostra de quem deve andar na frente na 26ª edição dos 500 km de São Paulo será dada nos treinos livres, que começam nesta sexta-feira (13) a partir das 12h00. A corrida, com previsão de quatro horas de duração, está marcada para domingo (15), às 13h00. A prova é disputada desde 1957 e tem dois pilotos como recordistas de vitórias. Celso Lara Barberis (1957, 1959 e 1961) e Luis Pereira Bueno (1966, 1970 e 1971) ganharam três vezes cada – número que não pode ser alcançado por ninguém em 2008.