Cerca de sessenta carros deverão estar alinhados, a maia noite do sábado, dia 13 de dezembro, quando será dada a largada para a 27a edição das 12 Horas de Tarumã, a mais tradicional prova de longa duração do sul do país. Disputada pela primeira vez em 1962, a corrida foi vencida pelo mesmo vencedor da 1a edição das Mil Milhas em 1956, Breno Fornari, que dividiu a pilotagem de um Simca Chambord com o conterrâneo Afonso Hoch. As 12 Horas de Tarumã fecharão a temporada de automobilismo brasileiro de 2003, trazendo uma grande novidade: a novo asfalto da veloz pista gaúcha, completamente refeito pela Petrobrás, que aplicou ali uma nova massa asfáltica, composta também por borracha moída, que garantirá mais aderência e durabilidade ao piso, além de ser um fator positivo à natureza, que sofre com o depósito de carcaças velhas de pneus.
Dois mais de 60 carros divididos em quatro classes, a maioria deverá ser composta pelos protótipos que competiram no Campeonato Brasileiro de Protótipos, a BRASCAR, que nasceu no Rio Grande do Sul em 2001. Metade do grid deverá ser composta pelos protótipos MCR e Spyder que compõem a categoria, além daqueles com motor turbo. Vencedores da edição de 2001, a dupla formada pelos pilotos Carlos Kray e João Batista Rodrigues, que terá Luciano Mottin como terceiro piloto, promete dar trabalho aos carros mais rápidos: “Vamos para a prova com a receita básica da Brascar, sem exagerar na preparação. Nosso forte será a regularidade, pois os três pilotos são rápidos e isso vai ser fundamental numa prova longa como essa”, prevê Rodrigues, que disputará novamente a Brascar no ano que vem.
A categoria estreará um novo chassi em 2004, o BRASCAR GTP/01 e um novo conceito técnico. A maior característica do novo carro será a alta qualidade da construção e o emprego de materiais utilizados na indústria aeronáutica. Os carros serão fabricados na EDRA GT, numa linha de montagem exclusiva, construída em Rio Claro, interior de São Paulo, onde também são fabricados aviões e helicópteros. Os protótipos poderão ser escolhidos com a motorização de preferência dos pilotos e equipes, mas sempre 2.0 turbo. Todas as montadoras que atuam no Brasil poderão ser representadas na próxima temporada da Brascar. A escolha do motor corresponderá ao desenho da carenagem, que trará faróis, grades e lanternas traseiras dos modelos médios comercializados no Brasil.
Carlos Kray e João Batista Rodrigues já se decidiram. Vão disputar a temporada 2004 com um protótipo Peugeot: “A marca Peugeot é significado de alta performance e tecnologia. Temos certeza que este equipamento poderá nos levar ao título de 2004. O MCR/VW fará sua última corrida conosco nessa 12 horas e nada melhor que fecharmos a temporada com uma vitória”, prevê Carlos Kray.
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