Xandy, Xandinho e Guto Negrão vão largar na primeira fila das 32.ª edição das Mil Milhas Brasileiras, a prova mais tradicional do automobilismo brasileiro, com largada prevista para meia-noite deste sábado (24/01), no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos (SP). Com o tempo de 1min36s211, o Audi TT-R da Equipe Medley/Paracetamol ficou atrás apenas do modelo ZF, dos pilotos Felipe Giaffone, Flávio de Andrade e Ruyter Pacheco, que marcou 1min32s309 (média de 168,049 km/h). Em terceiro vai largar o Dodge Viper do trio formado por Stefano Zonca, Fabrizio Gollin e Ângelo Lancelotti.
“Ficamos bem satisfeitos com o segundo lugar no grid, entre os 63 carros que vão largar amanhã”, disse Andreas Mattheis, chefe da Equipe Medley/Paracetamol. “Não me surpreende ter ficado atrás do carro do Felipe (Giaffone), mas largar na frente do Viper a gente não esperava. Agora é fazer uma boa largada, porque prova de longa duração é completamente diferente do que as pessoas estão acostumadas. Nossa estratégia vai ser importante para terminarmos as mil milhas da corrida na frente”, completou o experiente preparador, que também trabalha com Guto Negrão e Antonio Jorge Neto na Stock Car V8.
Na largada, que será lançada depois da volta de apresentação, a condução do Audi TT-R DTM ficará nas mãos do experiente piloto Xandy Negrão, vencedor da corrida no ano passado, junto com Ricardo Etchenique e Ingo Hoffmann. “Vou aproveitar a largada para forçar o ritmo, coisa que eu faço já faz algum tempo. Prova de longa duração não se decide na largada, mas pegar a pista limpa pela frente no início é muito importante. Isso porque depois de um determinado número de voltas começa o tráfego e não pára nunca mais”, explicou Xandy. “Sem contar que isso motivo para dobrar a atenção, porque com o nosso carro eu posso frear na placa de 50 metros, enquanto alguns começam a frear por volta dos 150.”
A tocada dos pilotos da Equipe Medley terá de ser bastante forte, já que a troca de pilotos no Audi TT-R DTM demora bem mais que nos carros abertos. “Enquanto o pessoal faz a troca de pilotos, o reabastecimento e trocam os pneus em 20 segundos, as nossas paradas demoram cerca de um minuto. Vamos ter de descontar isso na pista”, conta Guto Negrão, de 44 anos, terceiro colocado na temporada 2003 da Stock Car V8. “O carro é bom demais e dá uma segurança muito grande para acelerar, mas é como o Xandy disse: dentro de tudo isso a gente precisa ter muita atenção, cautela com o tráfego”, completa.
Xandinho Negrão, que disputa a temporada da Fórmula 3 Sul-Americana e venceu no final do ano passado as ‘12 Horas de Tarumã’, está empolgado com a situação de correr com um carro “maravilhoso” e em família. Mesmo assim, não esquece da responsabilidade de bater os carros da Porsche, sempre rápidos e bastante resistentes. “Acho que a gente tem de se preocupar com o Porsche também, porque eles são feitos para agüentar muito. O nosso Audi, o Dodge e o ZF, na minha opinião, tem as mesmas características de durabilidade”, explica o piloto de 18 anos, sobre o Dodge e o ZF que contam com um motor V8 e 650 cavalos, enquanto o Audi TT-R tem motor V8 e 450 cavalos de potência.
Outro ponto forte da Equipe Medley Genéricos é a qualidade dos três pilotos. Todos estão em plena atividade, já que Xandinho corre na F-3, Guto na Stock Car V8 e Xandy Negrão participado do Brasileiro de Endurance. “Esse é um diferencial que pode pesar muito na consistência da nossa equipe. Temos capacidade pra acelerar o tempo todo, sem preocupar com a parte física ou com a experiência na pista”, explica Guto Negrão. “É uma corrida de quase 12 horas e é muito importante que os três pilotos possam manter o ritmo o tempo todo”, completa Xandy Negrão, bicampeão brasileiro de marcas.
Credenciais para os pilotos
Para a corrida, a Equipe Medley/Paracetamol vai poder contar com os três mecânicos que não tinham credenciais para trabalhar nos boxes em Interlagos. José Roberto Bilstrein, do Centauro Motor Club, que organiza as Mil Milhas, entregou mais cinco credenciais para a equipe. “Ontem à noite o Zé Roberto nos trouxe mais cinco credenciais, três para os mecânicos e duas para os pilotos. Ele ainda não nos atendeu 100 por cento, porque eu ainda não tenho credencial. Mas ele nos disse que vai solucionar esse problema amanhã (hoje). Fica faltando apenas as mulheres dos pilotos e os filhos, já que acompanham as corridas há tanto tempo e seria justo que pudessem ficar perto da gente”, explica Xandy Negrão.
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