O mais bem sucedido carro brasileiro nas pistas de corridas está encerrando sua carreira. Depois de ter vencido várias provas nacionais, ter representado o Brasil em competições em Portugal, e ter sido o modelo que mais tempo estrelou na Stock Car Brasil, o Chevrolet Opala participa de sua última competição de nível nacional e até internacional na 32ª edição das Mil Milhas, que terá largada as 24 horas deste sábado (24/1) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. “Este carro só me deu alegrias. A principal foi o recorde brasileiro de velocidade (274,60 km/h), que mantive de 1996 até o ano passado”, suspira Guido Spina Borlenghi, proprietário e piloto do carro de nº 98, único Opala inscrito na prova em que este modelo é o maior vencedor, tendo conquistado a primeira posição por sete vezes, contra seis do Porsche.
Instalado no boxe 13, “o boxe da sorte”, como assinala Arquimedes Delgado, piloto e preparador do Opala da equipe Spibor/IBL/Cesari/Scheaffer/Delgado’s, o Opala que vai se aposentar não tem muita coisa em comum com o modelo que parou de ser fabricado em 1992, e que no mercado de usados vale no máximo R$ 10 mil. “Este carro é uma fera, tem tudo importado, e vale mais de US$ 60 mil. O motor é um V8 de 5.700 cilindradas, com 540 hp de potência, e usa pneus da Nascar com 12 polegadas de largura. Por isso, vamos ver se fazemos a despedida dele vencendo a categoria 2”, promete Jonatas Borlenghi, único piloto de Fórmula Truck inscrito nas Mil Milhas, e que deverá ser o responsável pela largada da última corrida do Opala.
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