Terão início nesta quarta-feira (9) os treinos livres e classificatórios para a 78ª edição das 24 Horas de Le Mans. A tradicional corrida francesa será disputada entre sábado (12) e domingo (13), com três pilotos brasileiros entre os inscritos. Os paranaenses Jaime Melo e Augusto Farfus disputam a classe GT2, enquanto o carioca Thomas Erdos vai atuar na LM P2. O grid terá 56 carros, distribuídos nas quatro subdivisões admitidas pelo regulamento.
Melo trabalha pela terceira vitória consecutiva nas 24 Horas de Le Mans. “A gente normalmente pensa em uma corrida de cada vez, mas é claro que aqui o modo de encarar as coisas é diferente. A competição faz Le Mans ser um evento especial, o nível mais alto do mundo. É uma corrida muito especial, sempre com a multidão que vem para cá acompanhar. É ótimo voltar uma vez mais”, considera o piloto brasileiro, que defende a Risi Competizione.
O início dos treinos remete Melo e seus parceiros, o alemão Pierre Kaffer e o italiano Gianmaria Bruni, à uma fase de trabalho intenso. “A semana é longa e nós precisamos trabalhar conforme um planejamento, sem correria. Claro, sempre focados e concentrados, tentando dar à equipe o máximo possível de informações para termos um carro rápido e ao mesmo tempo consistente. É uma fórmula que já conhecemos bem, há vários anos”, ele comenta.
Voltar a Le Mans depois de vencer nos dois últimos anos, segundo Melo, aumenta a responsabilidade do trio. “Sempre há uma pressãozinha, nós corremos de Ferrari e a pressão existe, é uma coisa que a gente administra sem problema nenhum. Todos sabem o potencial do carro, da equipe. O carro da Ferrari e os pneus da Michelin formam um conjunto que realmente dá gosto”, diz o campeão do Mundial FIA GT e da American Le Mans Series.
O fato de ser a última participação da Ferrari com o modelo F430 nas 24 Horas também motiva o piloto. “A gente quer marcar o fim desta história com mais uma vitória aqui. É uma história vitoriosa”, observa. “A categoria GT2 vai ter 18 carros, todo mundo no mesmo nível, vai ser um páreo duríssimo. Por outro lado, é isso que motiva a gente ainda mais. Vão ser cinco dias de muito trabalho, e só um carro pode vencer. Vamos trabalhar para que seja o nosso”.