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22 de julho de 2024 09:27

F1 vs. Counter-Strike: como são diferentes estes eSports?

Muitos são os jogos de vídeo que viram fenómenos globais dos eSports. E, apesar de alguns serem muito diferentes entre si, as comparações não deixam de ser possíveis – até para sustentar o sucesso de cada um.

É o caso da F1 e dos Counter Strike eSports. Aqui, vamos mostrar como é que estes eSports tão diferentes podem ou não ter algo em comum.

Gênero
O gênero de cada jogo é um ponto muito diferente: F1 é um jogo de corridas automóveis, baseado em locais (circuitos), equipes e personagens (pilotos) reais da Fórmula 1. Já Counter-Strike é um jogo de tiro em primeira pessoa, em torno da temática militar e de guerra, com caracteres genéricos e cenários fictícios. O que mais fiel à realidade há são os equipamentos como as armas ou os coletes e capacetes à prova de bala.

Neste aspeto, são dois jogos completamente diferentes – quer do ponto de vista da temática, quer do género, apesar de o básico não diferir: o jogador tem de controlar uma das personagens do jogo.

Jogabilidade
Na série F1, os jogadores têm de ter uma certa compreensão de noções básicas das corridas de automobilismo e algumas habilidades de condução. Apesar de poderem existir estratégias de equipe, o jogador de F1 está a lutar por si mesmo e pelo seu resultado, não precisando de colaboração.

É essencial precisão de pilotagem, adaptabilidade a diferentes autódromos – alguns deles mais difíceis do que outros – e ter um caráter competitivo. Além disso, há que ter uma visão estratégica para gerir os pneus e as estratégias de paragens nas boxes.

Há igualmente fatores fora do controlo, como as batidas de outros carros sem culpa ou as falhas mecânicas dos carros – embora possa haver algum cuidado na pilotagem para as mitigar. Reflexos rápidos são igualmente necessários, já que os carros se movem por vezes a mais de 300km/h.

Em Counter-Strike, o jogador controla em primeira pessoa uma das personagens, tendo uma maior influência em todo o jogo envolvendo a personagem em si. Sendo jogado em equipes, um jogador age individualmente, mas dificilmente consegue derrotar a equipe adversária sozinho ou a jogar com elementos controlados pelo computador.

O objetivo é desarmar bombas (contraterroristas) ou plantá-las e garantir que são detonadas (terroristas); ou então salvar reféns ou mantê-los em cativeiro durante um determinado tempo, consoante a equipe.

É necessária uma visão estratégica do jogo e compreensão do cenário, tal como em F1, e alguma precisão para atacar os adversários e defender-se dos mesmos. No entanto, há uma maior componente de comunicação e de perceber as dinâmicas do jogo – que são mais padronizadas do que em F1, cujos acontecimentos podem variar de corrida para corrida.

Formato
O formato de F1 é idêntico ao do desporto real: além das corridas em si, os jogadores são também desafiados a afinar os carros nos treinos livres e a lutarem pela melhor posição na grelha de partida durante a qualificação.

Os pontos são atribuídos na corrida aos dez primeiros classificados. Os torneios, quer oficiais da própria Fórmula 1, quer privados, tendem a ser campeonatos com um determinado número de rondas e integração da F1 real, em que quem tem mais pontos no fim da época é campeão.

As competições de Counter-Strike têm formatos diversos. Os torneios podem ser ligas, campeonatos ou os mais importantes que são os Major.

Cada competição tem as suas próprias regras, mas o próprio formato do jogo é em rodadas e em diferentes mapas. O vencedor pode ser apurado à melhor de um determinado número de partidas, e sendo jogado em equipe, quem ganha é um coletivo e não necessariamente um jogador individual.

Os torneios de CS nem sempre são organizados diretamente pela editora Valve (que toma conta dos Major), havendo torneios prestigiados independentes como a BLAST.

Público
Como é natural, podem existir fãs dos jogos de F1 e Counter-Strike – e existem, como o autor deste texto. Porém, o público-alvo de cada um é diferente.

Nos eSports de F1, procura-se atrair os fãs do automobilismo tradicional – que acabam por encontrar nos jogos online uma espécie de extensão ou complemento das corridas reais, valorizando em especial as semelhanças nas equipes e estratégias adotadas para ganhar. Trata-se de uma base de fãs um pouco mais específica e, por isso, mais reduzida.

Por outro lado, Counter-Strike tem um público mais vasto, composto não só por alguns seguidores que o acompanham desde a versão original em 1999, como também os que se foram juntando ao longo dos anos.

Há milhares e milhares de adeptos e entusiastas leais e apaixonados pelo CS, que alcança milhões de visualizações nas suas streams e atrai multidões aos seus eventos ao vivo.

Tecnologia e equipamento
Há uma avançada tecnologia de simulação nos eSports de F1 – volantes, pedais e até cadeiras e estruturas que podem simular as sensações reais de pilotar um carro de F1 real.

Por outro lado, em Counter-Strike há equipamentos básicos de interação mais normais – como teclados ou mouses, embora geralmente sejam específicos para gaming. O mesmo se passa com as cadeiras, que não são tão sofisticadas como as usadas nos maiores torneios eSport de F1.

Comum em ambos os casos são computadores de alto desempenho e monitores de alta taxa de atualização – embora em F1 os gráficos sejam menos importantes para a precisão dos movimentos que em CS.

Apesar de F1 e Counter-Strike serem muito diferentes nos eSports, há pontos em comum como a adrenalina, conhecimento estratégico específico necessário, precisão e as emoções e adrenalina vividas. Ambos estão também a crescer em popularidade e necessitam de um certo tipo de equipamento para maximizar as chances de sucesso.



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