Único brasileiro na categoria, o carioca Rodrigo Ribeiro anunciou nesta terça-feira que está abandonando o Campeonato Internacional de Fórmula 3000. O piloto da equipe italiana Durango explicou que decidiu voltar para o Brasil e repensar a carreira, em vista das últimas notícias envolvendo a criação da Fórmula GP2 em 2005. Campeão sul-americano de Fórmula 3 Light de 2003, Ribeiro disputou as quatro primeiras etapas da Fórmula 3000 neste ano e seu melhor resultado foi o ponto conquistado com o 8º lugar no GP da Espanha, em Barcelona.
Ribeiro estreou no automobilismo internacional em 2004 com o projeto de passar pelo menos dois anos na Europa. A Fórmula 3000 foi o caminho escolhido por ser a categoria que mais se aproximaria da Fórmula GP2, não apenas em relação à potência dos motores, mas também por utilizar quase os mesmos circuitos. “O problema é que a Fórmula GP2 ainda está envolta em dúvidas. E o orçamento parece ser muito maior que o da Fórmula 3000. Fala-se no mínimo de um milhão de dólares por carro, o que em alguns casos representa o dobro do que se paga atualmente. Pode ser até que a Fórmula 3000 continue existindo, mas essa é apenas mais uma possibilidade. Então, achei melhor regressar e estudar todas as alternativas”, explicou.
A curta passagem de Ribeiro pela Fórmula 3000 deixou boa impressão. Ele vinha se acostumando rapidamente às características de uma categoria consideravelmente mais veloz que a Fórmula 3 e na qual os motores despejam 450 cavalos de potência. Apesar da limitação de testes e do desconhecimento dos circuitos, chegou a andar entre os cinco primeiros em algumas provas. Ribeiro reconhece que a adaptação foi facilitada pelo profissionalismo da Durango. “A equipe é uma das melhores da Fórmula 3000 e fez o que foi necessário para eu me sentir à vontade. Também foi importante contar com um engenheiro respeitado como o Roberto Costa, brasileiro com mais de 20 anos de experiência no automobilismo europeu”, agradeceu.