A Fórmula Renault inicia nesta quarta-feira, no Autódromo de Interlagos, a segunda sessão de testes coletivos da temporada-2003. O campeonato foi aberto dia 6 de abril, com a vitória de Allam Khodair (Giaffone Racing) na preliminar do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. A segunda etapa está marcada para 1º de junho em Curitiba, onde a categoria passou em março nos primeiros ensaios conjuntos da categoria. Os treinos se prolongarão até à quinta-feira, das 10 às 12, das 13 às 15 e das 15h30 às 15h30. Trinta e um carros estarão em atividade.
Preocupados em conter os custos e evitar que os times com maior orçamento levem vantagem sobre aqueles com menor poder de fogo, os promotores da Fórmula Renault mantêm os treinos sob rigoroso controle. Eles estão limitados a oito dias e serão sempre coletivos. Por isso, cada nova oportunidade de colocar os carros na pista é sempre bem-vinda para equipes e pilotos.
O experiente Luís “Dragão” Trinci, da Dragão Motorsport, sublinha que os treinos desta semana em Interlagos serão importantes principalmente para os pilotos que chegaram neste ano à Fórmula Renault, como é o caso de sua dupla, formada por Betinho Valério e André Nicastro. “Para o Betinho, que só agora está andando em monopostos, é fundamental adquirir quilometragem e conhecimento do carro. Mas até o Nicastro, com passagem pela F-3, carece de maior adaptação à Fórmula Renault.”
“Dragão” diz que a receita aplicada aos estreantes é seguida por quase todas as equipes. “A idéia é mantê-los andando o máximo possível. No primeiro dia, vou colocar 25 litros de combustível e pedir para o Betinho andar 15 voltas, com a recomendação de não abusar e evitar rodadas que roubem tempo de pista”, observa. Segundo ele, a maioria das equipes deve treinar com pneus velhos na quarta-feira, reservando os dois jogos de novos a que cada carro tem direito para o último dia. “As voltas mais rápidas devem ser registradas na primeira sessão da quinta-feira, pela manhã, quando a temperatura amena favorecerá o melhor rendimento dos carros”, prevê, adiantando que o segundo set de pneus deverá ser usado no início da tarde, horário em que são realizadas as sessões classificatórias nas provas da Fórmula Renault.
Também em seu ano de estréia na categoria, Douglas Soares, da M4T Motorsport, concorda com a avaliação de “Dragão”. Com 558 quilômetros acumulados nos treinos em Curitiba e na programação da abertura da Fórmula Renault em Interlagos, ele se queixa da falta de horas de vôo. “A principal dificuldade para quem está chegando agora é com os pneus. O composto dos Michelin é mais duro que os da Pirelli usados na Fórmula Chevrolet. Eles pedem uma tocada diferente, porque o carro demora mais para apontar nas curvas. Mas as 12 horas de treinos destes dois dias serão suficientes para tirar o atraso”, garante. Soares deixou excelente impressão na primeira etapa, quando largou em 17º e terminou em 7º.