Médicos liberam piloto acidentado

Envolvido em forte acidente na curva zero, na entrada da reta principal do Autódromo Internacional de Curitiba – Pinhais, durante os treinos oficiais de sábado da segunda etapa da Fórmula Renault, o paulista Marcos Guerra (Unioil Sports) está liberado para a próxima corrida, marcada para dia 29 em Brasília. Estreante na categoria, Guerra foi impedido de participar da prova de domingo depois de submetido a exames de tomografia computadorizada e radiográficos no Hospital Universitário Cajuru, na capital paranaense. Embora os testes não tivessem constatado qualquer lesão, os médicos prescreveram um período de 72 horas sem práticas perigosas em função do quadro apresentado pelo piloto imediatamente após a batida contra a barreira de pneus. Guerra chegou a ficar desacordado e em seguida apresentou quadro de confusão pós-trauma.

Nesta quinta-feira, Guerra foi submetido a nova tomografia na cabeça em uma clínica de Santo André, por recomendação dos médicos do Hospital Cristóvão da Gama, onde passou na tarde de ontem. Novamente, os exames nada revelaram e Guerra foi autorizado a retomar as suas atividades habituais.

Satisfeito com a boa notícia, Guerra disse que entendeu a posição dos médicos em Curitiba, mas que ficou desapontado a decisão. “Eu estava vestindo meu macacão para o warm up quando um representante da CBA entregou documento à minha equipe que me impedia de correr. Como eu já havia sido atendido no autódromo e no hospital no dia anterior e ninguém havia comunicado nada em contrário, achei que não haveria problema e alinharia no grid normalmente.”

Guerra, no entanto, reconhece que sequer se lembra da batida, verificada na saída de uma curva de alta velocidade na qual os carros chegam em média a 165 km/h. “Não me lembro de nada. Muita gente bateu naquele ponto, mas no meu caso o carro não saiu esparramando. Bateu e ficou. Além do impacto, a desaceleração também foi violenta”, lembrou. Apesar da extensão dos danos, o monocoque pôde ser recuperado e permitiria a participação de Guerra na prova. “O prejuízo foi grande, mas o importante é que estou recuperado e já pensando na corrida em Brasília.”