A vitória em Oberá, na penúltima prova da Fórmula-3
Sul-Americana, deu uma injeção de ânimo no piloto Lucas di Grassi e na equipe Avallone Motorsports. O resultado manteve pequena a diferença entre ele e o líder Danilo Dirani, que é de somente 13 pontos. Como cada vitória vale 20 pontos e ainda faltam quatro rodadas duplas para o encerramento da temporada, onde 160 pontos estarão em disputa, Di Grassi confia na recuperação a partir deste final de semana no Autódromo Internacional de Curitiba, quando será disputada a sexta rodada dupla.
“Sem dúvida que a vitória, as duas poles feitas em Oberá e ter sido o
primeiro no warm up deram uma injeção de ânimo em mim e na equipe, mas ainda existe uma diferença grande entre meu carro e do Danilo Dirani”, disse Di Grassi.
Lucas reconhece que a vantagem de Dirani se reduziu bastante desde o início da temporada, mas ele faz uma afirmação, no mínimo, curiosa, e sincera sobre seu principal adversário.
“Se as corridas fossem de 100 quilômetros e cada um sozinho na pista, o Danilo não teria vencido sete vezes, mas dez, pois o equipamento dele é muito superior. Eu e o Avallone estamos trabalhando muito e estamos cada vez mais perto”.
Di Grassi também reconhece que se existe uma vantagem considerável do carro de Dirani, do seu para os outros concorrentes da Fórmula-3 Sul-Americana também existe grande diferença.
“Verdade, do meu para o terceiro e quarto carros a vantagem é maior do que do Dirani para mim. Se o Danilo tivesse tido um pouco mais de calma teria vencido nove provas. De verdade, às vezes dá desânimo, pois a gente trabalha muito e o Danilo chega lá, passeia e ganha”.
O fato de estar somente 13 pontos atrás do líder é atribuído à excelente regularidade obtida por Lucas di Grassi. Em dez provas ele chegou ao pódio em todas, com uma vitória (Oberá), sete segundos lugares e dois terceiros. Dirani (Cesário F-3) ganhou sete corridas, fez um segundo, um sétimo e um décimo lugares.
“Em Curitiba existe uma reta muito grande e vamos ter de trabalhar mais ainda para nos aproximar dele”, disse Di Grassi que, de acordo com os dados da equipe, tem sido um décimo de segundo mais lento do que Dirani na reta dos boxes do Autódromo Internacional de Curitiba, onde todos os pilotos já treinaram.
Na Fórmula-3 Light, o vice-líder Daniel Lancaster enfrenta dificuldades maiores ainda. Por ser da mesma equipe do líder Rodrigo Ribeiro (Cesário F-3), ele sabe o que terá pela frente. Ribeiro ganhou sete vezes na temporada e marcou 182 pontos. Lancaster tem duas vitórias e 130 pontos enquanto Bruno Bari, venceu uma vez e está com 113 pontos.
“Meu principal problema foram as batidas nas outras etapas, principalmente em Paraná e em Interlagos. Aí, o Rodrigo abriu vantagem. Mas estou aí para tentar a recuperação”, disse o animado Lancaster.
Além de vencer todas as oito corridas restantes da temporada, Daniel
Lancaster ainda terá de contar que Ribeiro não chegue em segundo em todas.
“Se isso acontecer ele ainda será campeão por dois pontos de vantagem. Na verdade, tenho de fazer minha parte, que é ganhar as corridas e ver o que acontece”, completou Lancaster.
A Fórmula-3 Sul-Americana tem organização da Vicar Promoções e supervisão da Confederação Sul-Americana de Automobilismo. O patrocínio é da Pirelli.