Categoria: F3
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14 de novembro de 2005 12:12

Macau reúne a nata da categoria em todo o mundo

Com 6.200 metros de extensão, o Circuito da Guia recebe no próximo domingo a nata da nova geração de pilotos de todo o mundo para a realização do 52º Grande Prêmio de Macau de Fórmula 3, uma competição vista como o maior desafio individual para os aspirantes à Fórmula 1. Não é à toa: o traçado é considerado o mais difícil do mundo e os pilotos e equipes só podem participar se receberem um convite por parte dos organizadores. “O GP de Macau é uma espécie de sonho e pesadelo para qualquer piloto que pretenda provar que tem talento”, define o brasileiro Lucas Di Grassi, que, em 2004, foi o terceiro colocado e subiu ao pódio. “É um sonho porque representa o maior desafio que temos na categoria, não apenas em relação ao traçado muito técnico e com piso irregular, mas também porque reúne os melhores pilotos e equipes do mundo. E, ironicamente, é um pesadelo justamente por tudo isso: se você falhar aqui, só terá outra chance de se redimir no ano seguinte, pois a prova é anual e não há nada como Macau no mundo inteiro”, continua Di Grassi, que em 2004 ainda era estreante.

A força e o prestígio desta corrida são tamanhos que fábricas como Toyota, Opel, Honda e Mercedes fabricam motores especiais para disputá-la e separam orçamentos especiais para que suas equipes tenham todas as condições de vencê-la. No caso dos chassis, o mesmo se dá com os fabricantes, entre os quais o italiano Dallara domina amplamente o cenário da categoria.

O Brasil contará ainda com mais três representantes. Ao lado de Lucas, disputará a corrida com a combinação Dallara/Mercedes da equipe inglesa Manor Motorsport, quem também atrai boa dose de expectativa é João Paulo de Oliveira, atual campeão japonês de Fórmula 3. Ele competirá pela equipe oficial da Toyota, a Tom’s, utilizando o motor da marca nipônica e o consagrado chassi italiano Dallara. Será a última apresentação de João Paulo como piloto oficial Toyota.

Com um Dallara/Honda da equipe Double R Racing, Bruno Senna trará à prova a inevitável expectativa da repetição do feito alcançado pelo tio famoso em 1993 – ou pelo menos de uma exibição à altura do sobrenome lendário no esporte. Já Fábio Carbone disputará a prova pela equipe Signature, com um chassi SLC e motor Opel. Carbone foi segundo colocado em 2003 e agora tenta repetir uma boa apresentação com o chassi francês. A maior dose de favoritismo, no entanto, recai sobre os pilotos da competentíssima equipe francesa ASM. Detentora dos dois últimos títulos europeus da categoria, a equipe vai a Macau com dois pilotos – o francês Loic Duval e o alemão Sebastian Vettel.

Ayrton Senna venceu o GP de Macau em 1983 com a equipe Theodore Racing Team, do também falecido Teddy Yip. Na temporada seguinte, Senna começaria sua carreira na Fórmula 1, a bordo de um Toleman. Um ano antes de ambos estrearem na categoria máxima, Michael Schumacher foi o grande vencedor em 1990, em uma controvertida corrida na qual derrotou Mika Hakkinen após uma batida que marcaria o duelo de ambos também na Fórmula 1. Outros nomes que disputaram a prova e constam no rol de pilotos que tentaram o sucesso em Macau – sejam vencedores ou não – são os de Takuma Sato, David Coulthard, Christian Klien, Ralf Schumacher, Juan Pablo Montoya, Jarno Trulli, Nick Heidfeld, Damon Hill, Jacques Villeneuve, Eddie Irvine, Jenson Button e Giancarlo Fisichella.

A programação para a prova prevê treinos na quinta e na sexta-feiras, com uma prova classificatória de 10 voltas no sábado e a realização do Grande Prêmio no domingo, em 15 voltas.

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