A equipe Promatecme e o piloto inglês Danny Watts são a zebra do Campeonato Inglês de Fórmula 3. Eles utilizam o chassi Lola-Dome e, junto com a fábrica anglo-nipônica, tentam quebrar a hegemonia mantida pelos chassis italianos Dallara desde 1993.
No último final de semana, quando foram disputadas três corridas, Watts obteve dois quintos e um sexto lugares, resultados considerados satisfatórios em virtude do atual desequilíbrio de forças entre as duas fábricas. Como vencedora praticamente inconteste do principal torneio de F-3 do mundo, a Dallara tem a preferência dos pilotos e equipes que possuem os maiores recursos financeiros e o maior potencial técnico. Na verdade, em 2004, apenas Watts e a Promatecme utilizam o chassi Lola-Dome, cujo projeto é coordenado pelo engenheiro Adam Airey.
O Lola-Dome, porém, não vive apenas da tentativa de vencer o Dallara na Inglaterra. O chassi já conquistou várias vitórias nos Campeonatos Japonês e Italiano. Este ano, também disputa o torneio europeu, com a equipe Coloni Motorsport, da Itália. No Japão, o equipamento é utilizado pelo brasileiro João Paulo de Oliveira, que ocupa a quinta colocação no torneio.
Mas, no principal torneio do mundo, o inglês, por sua competitividade os chassis Dallara foram escolhidos pelas equipes dos três brasileiros que disputam aquele campeonato: Nelsinho Piquet, da equipe Piquetsports; Lucas Di Grassi, da Hitech Racing, e Danilo Dirani, da Carlin Motorsport.
Tradicional fabricante de carros de competição, a inglesa Lola associou-se à japonesa Dome para tentar superar a Dallara. No Japão, a Dome presta serviços de alta tecnologia no automobilismo esportivo para gigantes como a Honda e a Toyota. Possui, inclusive, seu próprio túnel de vento – um equipamento ultrasofisticado e extremamente caro – e chegou a projetar seu próprio carro de F-1, além de competir com sucesso com o chassi Dome na F-3000. Sua meta é tornar-se a principal fabricante de carros de corrida do mundo. Escrita em caracteres japoneses, a palavra Dome significa “sonho de criança”. Hoje, 29 anos após sua fundação, a Dome já está longe de sua infância. Mas continua sonhando.