Categoria: F3
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3 de agosto de 2004 15:45

Embate milionário entre gigantes da indústria no Marlboro Masters

Quase 50 pilotos de 18 países, cada um com orçamentos na casa de US$800 mil ou até mais, realizarão no próximo final de semana um dos principais eventos do automobilismo europeu e mundial: o Marlboro Masters, competição que reúne os melhores pilotos e equipes de Fórmula 3. A corrida extra-campeonato acontece anualmente em Zandvoort, na Holanda. Por trás deste grid milionário estão cinco gigantes da indústria automobilística, que gastam fortunas em seu esforço para ter a primazia em revelar as feras da futura geração de astros do esporte a motor. A Renault, por exemplo, contará com quatro carros da equipe inglesa Hitech Racing, tendo o jovem brasileiro Lucas Di Grassi como sua principal esperança de um bom resultado nesta que é, ao lado do GP de Macau, uma das provas de maior prestígio da Fórmula 3 internacional. Vencer uma delas tem praticamente o valor de ganhar um campeonato inteiro.

Segundo a lista divulgada pela organização, as fábricas envolvidas são Opel (braço forte da General Motors na Europa, que contará com 16 pilotos inscritos em Zandvoort), Honda (13 carros), Renault (4) e Toyota (1). “Não é uma corrida simples; há muitos detalhes envolvidos”, explica Lucas, único brasileiro escolhido pelo Programa de Desenvolvimento de Pilotos da Renault, iniciativa que visa apoiar jovens talentos com vistas à Fórmula 1. “Nossa equipe, por exemplo, que compete no Campeonato Inglês, terá dificuldades técnicas para se adaptar: pneus diferentes (Khumho ao invés do Avon), motores sem abafador (na Inglaterra eles são obrigatórios para reduzir o ruído) e gasolina de outro fornecedor. Tudo isso modifica o comportamento tanto do chassi quanto do motor”, resume o brasileiro, que conta com um trunfo: seu engenheiro, David Hayle, era o principal técnico da Fortec, equipe vencedora da prova em 2002. Atualmente, ele é proprietário da Hitech Racing, defendida por Lucas.

Conheça o motor de Fórmula 3:

As fábricas gastam alguns milhões de dólares para desenvolver suas unidades. Os motores da categoria devem ser derivados de propulsores utilizados em carros de rua, com produção de no mínimo 2.500 unidades em doze meses consecutivos. É permitido um máximo de quatro cilindros e capacidade cúbica de dois litros. O diâmetro e o curso do pistão são livres. Os motores devem ser de quatro tempos, sem qualquer recurso de sobrealimentação. O uso de magnésio e outros materiais exóticos ou caros é proibido. Durante a temporada, o motor só pode ser trocado, sem penalidades para a equipe, duas vezes. A entrada de ar é restrita a um diâmetro máximo de 26 mm. Em alguns países, como a Inglaterra, é obrigatório o uso de abafadores de som, mas os catalisadores devem ser usados em todos os torneios.

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