A Fórmula 3 está empenhada em trazer mais pilotas e estimular o esporte no futuro. O chefão da categoria, Bruno Michel, destacou os trabalhos que têm feito e o desejo de fazer mais para promover a inclusão no automobilismo.
Na temporada 2022, não há nenhuma mulher nos grids tanto da F3 quanto da Fórmula 2. As últimas mulheres a estarem foi Sophia Flörsch na F3 em 2020 e Tatiana Calderón na F2 em 2019 – ambas terminaram sem pontos.
Portanto, Bruno espera fazer mais para ter mais competidoras. “Isso é algo que é completamente chave para nós, para o futuro. Temos planos de tentar ajudar as pilotas a chegar ao nosso campeonato. Apenas queremos assegurar de que chegam à F2 e F3 – precisam estar prontas”, falou.
“Porque se vierem apenas para ser um número, apenas para dizermos que temos mulheres, não apenas não vai funcionar, mas não serve com o propósito de mostrar que pilotas podem vencer corridas, pois é o que queremos mostrar”, continuou.
Atualmente, o dirigente trabalha tanto com Catherine Bond Muir, da W Series, quanto com Deborah Mayer, presidente da Comissão de Mulheres no Automobilismo da FIA, para fomentar a entrada de mulheres no esporte a motor.
“Ambas tem um ótimo trabalho que queremos apoiar. Já fizemos isso no ano passado, testamos duas pilotas da W Series e duas do programa da Ferrari, vamos seguir com isso. Queremos organizar outro teste neste ano, mas queremos mais porque só testar não é suficiente. É algo que trabalhamos no momento”, disse.
Após o bicampeonato na W Series, muitos esperavam que Jamie desse o próximo passo em sua carreira. Entretanto, a inglesa surpreendeu ao anunciar mais um ano na categoria feminina dizendo não ter conseguido os recursos para chegar à F3.
Ao falar sobre o caso, Michel afirmou que “sei que houve conversas com um time, não sei o que aconteceu no final. E acho que é uma pena porque estava pronta para a F3 e não está aqui e vai fazer mais um ano na W Series. É o que é. E ela que decide o que vai fazer com sua carreira.”