Aposentadas pelo atual regulamento, as asas triplanas estarão de volta aos carros da Fórmula GP2 no fim de semana durante o GP de Mônaco. Nesta temporada, os aerofólios posteriores só podem conter dois planos – novidade introduzida pelos organizadores na tentativa de reduzir a pressão aerodinâmica e aumentar a competitividade da categoria.
“Mônaco é um caso totalmente à parte no calendário. Primeiro porque é a única etapa simples, e não em rodada dupla como todas as demais. E, depois, porque as características sinuosas e de baixa velocidade do traçado exigem o máximo de downforce. Por isso é que, excepcionalmente, vamos usar as asas do ano passado”, explicou Xandinho Negrão (Medley), piloto da Piquet Sports.
As asas traseiras não serão a única modificação a que os pilotos terão de se adaptar a partir dos treinos livres desta quinta-feira, na abertura da programação oficial. Como o circuito é irregular, e formado por trechos em subida e descida, a altura dos carros será elevada em relação às pistas permanentes e as suspensões serão “amolecidas”, receita básica em traçados urbanos como o de Montecarlo.
Xandinho chegou hoje ao principado. Com quatro pontos conquistados, está confiante em subir do 14º lugar que ocupa na classificação dos pilotos. “Quero aproveitar os primeiros treinos para pegar o máximo da mão da pista e, ao mesmo tempo, começar a acertar o carro. Este é um circuito técnico, um dos mais difíceis do campeonato”, lembrou.
Diferentemente de todas as demais, a etapa solitária de Mônaco será desdobrada em três dias – nos demais autódromos são duas corridas no mesmo período. “É muito bom fazer um treino livre na quinta-feira. Temos mais tempo para pensar melhor antes do segundo ensaio e da classificação na sexta-feira. Como a corrida será no sábado, podemos fazer as coisas sem atropelo”, concluiu.