Com o bilhete de número 23, posição que ocupará no grid da 9ª etapa da temporada, Xandinho Negrão (Medley) espera que a corrida deste sábado lhe traga a sorte que até agora lhe faltou no Grande Prêmio de Mônaco da Fórmula GP2. “As provas neste circuito são sempre lotéricas, em qualquer categoria e como já aconteceu no ano passado na primeira vez em que corri aqui. Vamos ver se desta vez ainda sobra alguma coisa para mim”, disse o piloto da Piquet Sports.
Os brasileiros parecem estar vivendo seu inferno astral nas sofisticadas ruas de Montecarlo. Nem mesmo o líder Nelsinho Piquet passou ao largo de uma sexta-feira decepcionante. Além de marcar apenas o 12º tempo, ainda viu o inglês Lewis Hamilton (ART Grand Prix), segundo colocado no campeonato e a somente dois pontos de distância, conquistar a pole position num traçado onde as ultrapassagens são virtualmente impossíveis. Em meio a um quadro tão desolador, o 11º lugar de Lucas di Grassi pela Durango, uma das equipes mais fracas da Fórmula GP2, acabou até merecendo comemorações.
“Não sei o que houve. Meu motor perdia um pouco de reta até para o do Nelsinho, que já ficou a um segundo e meio do Hamilton. Mas é claro que só o motor não pode justificar um resultado tão ruim. Os três segundos que estou tomando são um pouco de tudo. Inclusive da falta do treino da quinta-feira que não fiz por causa da quebra do sensor do câmbio logo depois que saí dos boxes”, explicou Xandinho.
Ao final da sessão classificatória, Xandinho e o diretor-técnico Felipe Vargas se debruçaram sobre os dados da telemetria, sem fechar o diagnóstico a respeito das causas do fraco desempenho. “Vamos continuar investigando, até encontrar a origem dos problemas”, continuou Xandinho, já antevendo um sábado difícil depois dos treinos classificatórios da Fórmula 1. “Vou procurar me manter a salvo das batidas e abrir passagem no meio daqueles que forem ficando pelo caminho.”