Quinze dias após a etapa nas ruas de Monte Carlo, em Mônaco, a Fórmula GP2 retoma seu campeonato com mais duas provas no circuito Istambul Park, na maior cidade da Turquia, entre os dias 28 e 30 de maio. Uma pista de 5.338 metros de extensão, considerada uma das mais difíceis da atualidade tanto na para os pilotos da GP2, quanto da Fórmula 1. É lá que o brasileiro Luiz Razia, quarto colocado até aqui na classificação da categoria de acesso, parte em busca de um lugar entre os três melhores do campeonato.
Com um pódio na segunda corrida do ano, em Barcelona (Espanha), Razia acredita que a equipe Rapax conseguiu desenvolver o chassi Dallara a ponto de brigar pelas posições de frente no próximo final de semana. Na opinião dele, o único ponto a melhorar é o treino de classificação.
“Principalmente Barcelona tive um carro muito rápido e consistente na parte final da corrida, mas isso acabou me custando algumas posições até mesmo no grid de largada. A equipe trabalhou bastante nesse aspecto e espero que na Turquia possamos apresentar uma evolução”, apontou o representante baiano na categoria, que também é o piloto reserva da equipe Virgin Racing de Fórmula 1.
Em Monte Carlo o brasileiro novamente andou entre os primeiros, já que ocupou a terceira posição na corrida de domingo até restarem quatro voltas para o final. E as lições aprendidas no Principado também serão importantes no desenvolvimento de um acerto vencedor para as corridas deste sábado e domingo.
“Mônaco é uma rodada atípica, mas acabamos tendo um final de prova muito difícil em razão do desgaste de pneus. Acho que na Turquia a situação voltará ao normal e será possível avaliar, de fato, o quanto conseguimos evoluir”, destacou. “E espero que tenha sido o suficiente para ganhar posições no campeonato e entrar na briga pelo título”, completou.
Depois de quatro corridas disputadas na temporada 2010, Luiz Razia é o quarto colocado no campeonato com 11 pontos. Ele está a apenas quatro pontos dos dois pilotos que dividem a vice-liderança, Pastor Maldonado e Dani Clos, e a seis do líder, Sérgio Perez.
O autódromo turco é uma criação do arquiteto Herman Tilke, que assina também outros circuitos modernos do automobilismo como os de Sepang, na Malásia, e Xangai, na China. E está no calendário da Fórmula 1 e da Fórmula GP2 desde 2005, quando foi inaugurada. Sua principal característica é a curva oito, que na verdade é a junção de três curvas contornadas em uma única trajetória. Feita praticamente em aceleração plena, a velocidade na Fórmula GP2 é superior aos 200 km/h e um verdadeiro teste de resistência física para os pilotos.
“É uma das pistas mais prazerosas de se pilotar na temporada. A curva oito é um verdadeiro desafio. Exige um carro muito bem equilibrado para ser contornada em velocidade máxima. Mas o restante do traçado também é muito interessante, com um primeiro trecho bem rápido, com curvas de alta velocidade, e a parte final mais técnica e com pontos de ultrapassagem”, descreveu Luiz Razia.