A Fórmula 2 está trabalhando na direção para se tornar uma categoria mais inclusiva. Nesta quinta-feira (30), anunciou planos de mudanças nos carros para encaixarem para pilotos e pilotas a partir de 2024.
Quem confirmou a notícia foi Bruno Michel, responsável pelas categorias de acesso à F1. Isso vem na esteira da fala do presidente da FIA, Mohammed Bem Sulayem, no último mês ao apontar que os monopostos precisam “acomodar” as diferenças físicas de homens e mulheres.
Michel, então, disse à imprensa que o trabalho já está sendo feito para atingir o objetivo. “Estamos levando isso muito a sério, é claro, e especialmente porque vem de Bem Sulayem”, pontuou.
Em experiências anteriores, competidoras já chegaram a descrever que os carros da F1 são mais fáceis de guiar do que os da F2 e Fórmula 3, por exemplo. Tatiana Calderón, com temporada completa na F2 e experiência na F1, foi uma das que fez a observação.
Jamie Chadwick é uma pilota que viveu os dois extremos no automobilismo. Enquanto na W Series contou com um volante mais leve, na Fórmula Regional sofreu com o esforço físico feito, chegando a dizer que “me assustou sofrer tanto fisicamente no carro”.
Mas Bruno ressaltou que está “trabalhando de perto com a FIA” para as mudanças nos próximos carros da F2 e F3 – essa segunda para 2025 – e aponta que os volantes “claro, é algo que estamos olhando”.
“Varemos o que temos de fazer para a conclusão do novo carro. Sabemos o que precisamos para assegurar que não vai ser um problema para as pilotas, com certeza. Essa é a principal ideia do que estamos fazendo”, seguiu.
“Mas, por outro lado, não queremos deixar o carro completo se não precisamos. Então, é sempre algo, é complicado. Mas vamos tomar as decisões certa e, como disse, tomaremos a decisão com a FIA”, completou.
Michel seguiu explicando quais outras mudanças estão buscando. “Os carros estarão de acordo com a segurança da FIA. Isso é algo que, é claro, vai ser diferente no novo carro porque os dispositivos de segurança que a FIA pedia há seis anos não são os mesmos de agora. Então, essa é a principal mudança”, pontuou.
“Você quer um carro que prepare pilotos para a F1. Então, há novas coisas que a F1 está colocando no carro e que faz diferença, claro, você precisa testar e ver se consegue adaptar ao carro da F2 também”, seguiu.
“E você quer um carro que vai providenciar uma ótima corrida porque é esse o DNA de nossa categoria. E devo dizer que é algo que fazemos bem, mas sempre podemos melhorar”, continuou.
“Estamos trabalhando em 2024 com o pessoal da aerodinâmica da FIA, que tem trabalhado no carro da F1 para ver se conseguimos adaptar coisas de seus achados. Especialmente em quanto downforce perde quando segue outro carro. Estamos trabalhando bastante nisso”, emendou.
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