A Fórmula GP3 fará neste fim de semana em Valência, na Espanha, a primeira corrida de rua de sua história. Criada no início deste ano com o objetivo de revelar talentos para a GP2 e, consequentemente, para a Fórmula 1, a GP3 faz a preliminar de todas as etapas européias da categoria máxima, com exceção do GP de Mônaco. E justamente por não ter corrido no Principado é que o torneio preparatório fará, já a partir desta sexta-feira, sua estréia em traçados urbanos.
O circuito de Valência é a sede do GP da Europa de Fórmula 1, e deve se configurar em um dos maiores desafios do ano para os pilotos. Com características que fazem dele um traçado intermediário entre o que se entende por uma pista de rua e uma pista permanente, o circuito espanhol recebe a Fórmula 1 pelo terceiro ano consecutivo. E sua existência pode ser considerada um reflexo do sucesso do bicampeão mundial Fernando Alonso na categoria.
“Essa corrida deve ser bastante difícil”, acredita o brasileiro Pedro Nunes (OGX/Grupo CGE/Claro/Wella/Alfaparf), da equipe ART Grand Prix. “Um fato interessante sobre essa prova é que nenhum dos pilotos conhece o traçado. Por isso vamos começar o trabalho do zero e tudo terá que ser feito a toque de caixa. Teremos apenas um treino na sexta-feira, por isso será muito importante ficar o maior tempo possível na pista”, completou.
Na opinião dos próprios pilotos de Fórmula 1, a pista de rua de Valência tem curvas que lembram as de Mônaco, naturalmente, mas também tem trechos que se assemelham a pistas como a do Bahrein, mais largas e com pontos de ultrapassagem, inclusive. Depois de testes em simuladores, Pedro Nunes tem opinião parecida, e aponta o caminho inicial de acerto do carro para a etapa.
“Esse é um traçado que exige menor pressão aerodinâmica em relação à regulagem que costuma ser usada em outras pistas de rua. Na sexta-feira seria de se esperar que o traçado estivesse um pouco sujo, o que é natural em circuitos não-permanentes, mas como vamos para a pista somente às 16h50 do horário local, depois dos treinos da Fórmula 1 e da GP2, é possível que não haja tanta diferença”, opinou Pedro Nunes.
O brasileiro voltou a enfatizar a importância do treino classificatório para essa prova, uma característica de categorias competitivas e de grid volumoso como a GP3. “Mais uma vez, largar bem colocado será fundamental. Em Valência, isso será ainda mais importante do que em outros circuitos. Por isso vamos procurar trabalhar rápido no treino livre para ter um carro rápido na tomada de tempos deste sábado”, encerrou o brasileiro.