Emerson Fittipaldi chegou animado ao encontro. Cumprimentou a todos e logo na primeira pergunta foi demonstrando sua animação com a nova proposta: “Estou muito feliz por estar aqui para competir em Interlagos depois de tantos anos. O Wilson sempre tem umas idéias ‘muito boas’”, brincou Emerson. “Ele me ligou há uns três meses dizendo que a gente ia correr de GT3. Me contou que a categoria estava muito legal e que vai crescer muito. Então, pensei: porque não?!”, comentou o bicampeão mundial de Fórmula 1, que, como o irmão, não escondeu a admiração pelos carros da Telefônica Speedy GT3: “São supermáquinas, carros de corrida muito bons sem dúvida”.
A seguir, Emerson relatou uma conversa que teve com a mãe, quando também fazia um retorno às pistas, em 2006, na GP Masters, categoria que reunia ex-pilotos de Fórmula 1. “Eu estava na África do Sul para minha primeira corrida, e liguei para a minha mãe. Isso foi numa quinta-feira. Disse a ela que no dia seguinte tinha treino…”, contou Fittipaldi, que imediatamente começou a chorar, e depois completou: “Desculpem… Eu me emociono muito… Minha mãe disse: filho, esta é a coisa que você mais gosta na vida. Vai lá e corre. E foi muito legal na África. Foram momentos muito bacanas…”. A emoção voltou, e Emerson novamente escondeu o rosto, muito aplaudido pelos presentes. Depois, ele revelou: “Vi minha mãe correr aqui em Interlagos há muitos anos. Então, minha família toda ama a velocidade, todos nós”.
Na seqüência foi a vez de Wilson Fittipaldi se pronunciar. Não demorou muito para o “Tigrão”, seu apelido da época em que era piloto no Brasil, começar a chorar. “Estou bastante emocionado por estar outra vez junto com o Emerson. A última vez que corremos juntos foi em uma prova do Campeonato Brasileiro de Turismo em Goiânia, em 1988, de Fiat. Hoje, para mim, é um momento muito especial. Esperamos fazer o máximo possível na pista”.
Wilson agradeceu a oportunidade de competir novamente: “Eu agradeço a todos por estar tendo está chance de participar de um evento como esse, tão legal”, e as lágrimas voltaram, interrompendo a fala de Wilsinho várias vezes. Ele não conseguia falar. Depois de uma longa pausa, Wilson revelou o motivo de tanta emotividade: “Estou completando 50 anos de automobilismo”. Wilsinho foi também muito aplaudido. Depois destes primeiros momentos, os irmãos Fittipaldi responderam várias perguntas dos jornalistas e a descontração foi total.