O entregador de pamonhas Willian Pontes, de Brasília, venceu neste domingo a categoria 250 cilindradas na terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade disputada no autódromo de Cascavel (PR). A vitória foi suada para o “motoboy” da capital federal. Apenas na última volta ele conseguiu pular da terceira para a primeira colocação e cruzou a linha de chegada com a diferença de apenas meia roda para o segundo colocado, João Nilvaldo Girão.
Pelas ruas planas da capital federal, Pontes é um motociclista normal e ganha R$ 700,00 por mês, fora as gorjetas, para fazer vinte viagens por dia, em média, levando o produto à base de milho às casas dos clientes. Ele trabalha seis dias por semana das seis da tarde à meia-noite. Para conseguir participar das corridas do Brasileiro, ele conta com vários patrocínios, inclusive da empresa que trabalha, a Pamonha Pura. “Comprei a minha moto com 18 cheques de 500,00 e o primeiro ainda nem foi descontado. Mas já ganhei 400 reais de prêmio pela vitória em Cascavel e agora só faltam 100 para completar o valor da prestação”, disse o bem humorado Willian Pontes.
Participando das provas do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade há três anos, Willian é daqueles pilotos que têm “raça” e não mede esforços para correr. Em 2002 foi campeão na categoria 125 cilindradas e no ano passado terminou a temporada como vice. “Estou feliz com o resultado. Só tive cinco dias para treinar com a moto, com a qual estou fazendo a primeira corrida”, disse o piloto brasiliense.
Além da categoria 250, a terceira etapa do Brasileiro de Motovelocidade contou com a 125 4 Tempos, 500 cilindradas e Supersport, que é dividida em A e B. Na 125, outro brasiliense fez bonito. Gilson Pessoa dominou a prova de ponta a ponta e Philippe Braga Thiriet terminou na segunda colocação. Na 500, o paulista Marco Aurélio Brunheroto cruzou a linha de chegada na frente e Gilson Scudeler faturou mais uma na Supersport A e lidera o campeonato com 75 pontos. Pablo Henrique, que largou na pole e que em alguns momentos chegou a liderar, terminou em segundo lugar.
O Campeonato Brasileiro de Motovelocidade tem patrocínio da Honda e Mobil e co-patrocínio de Expresso Joaçaba e Pirelli.