Bicampeonato da equipe Farben no Porsche Endurance Challenge escapa por 1 ponto em Interlagos

Faltou um ponto para o bicampeonato da equipe Farben na principal categoria da Porsche Cup Endurance Challenge. A dupla Enzo Elias e Marçal Muller terminou a corrida de 500 km em sexto lugar e ficou a um ponto de repetir a conquista da Carrera Cup em 2021.

A pontuação obtida em São Paulo também fez de Marçal Muller, terceiro colocado no campeonato de sprint de 2023, o segundo maior pontuador da temporada, tornando o gaúcho vice-campeão overall.

A tripulação da marca oficial de tinta automotiva da Porsche Cup largou da pole e passou boa parte da prova final sólida dentro do top5, resultado que bastava para conquistar o campeonato. Mas uma punição na hora final da corrida comprometeu os planos.

 

A corrida

Marçal Muller largou bem e deixou o lado externo do S do Senna para Rafael Suzuki. O piloto Farben fechou a primeira volta na liderança, fazendo valer a largada na pole position. Na segunda volta, porém, o adversário do #70 conseguiu a ultrapassagem no Laranjinha.

Marçal passou a ser atacado por Alan Hellmeister na volta 10, mas deixava o concorrente com o lado sujo da pista.

Na volta 12, Hellmeister conseguiu executar a manobra, deixando o carro Farben em terceiro lugar. Muller então conduziu com segurança até a primeira parada nos pits, executada na volta 22.

Com o mesmo jogo de pneus usado no primeiro stint, Enzo Elias assumiu o carro Farben e era quarto colocado quando o pelotão foi reordenado após o primeiro ciclo de paradas obrigatórias, superado pelo #85 durante a janela. A diferença para o Porsche #7 era de 5.155s.

O #70 logo perdeu rendimento e voltou para os pits. Assim o carro Farben reassumiu o terceiro lugar, com Enzo na perseguição a Pedro Boesel.

Mas o rendimento do #544 não era o melhor, e Diego Nunes acabou passando Enzo na freada do S do Senna na volta 32.

Na volta 39, a mesma que abriu a segunda janela de pits, Enzo perdeu a quarta posição para William Freire. Ele trouxe o carro Farben para a segunda parada de box na conclusão da volta 40.

Muller então retornou para a pista, com um novo jogo de pneus.

Com o pelotão reordenado após o segundo ciclo de paradas, Marçal aparecia em quarto, distante 14.425s da liderança. Ele logo tratou de passar Eduardo Menossi no Laranjinha, para ser terceiro. Na volta 49, passou Peter Ferter para ser vice-líder.

Então o safety-car foi acionado para resgate de um carro acidentado na subida do Café.

A relargada veio na abertura da volta 55 e Hellmeister sustentou a liderança, favorecido por quatro carros da Challenge entre seu carro e o de Muller.

Quando o piloto Farben se livrou do tráfego, sua diferença para o líder era de 2s. Então o primeiro segmento foi encerrado ao término da volta 57 com o carro #544 em segundo lugar.

Marçal entregou o carro para Enzo na volta 62.

Com o pelotão reordenado no início do quarto stint, a liderança foi retomada por Paludo com o #7. Enzo Elias era segundo com o #544 a 4.779s. Em questão de dez voltas, mesmo com os pneus bastante desgastados e a necessidade de negociar ultrapassagens sobre concorrentes retardatários, Enzo abreviou a diferença para 4.237s.

Na volta 76, em tentativa de ultrapassagem sobre um retardatário, Enzo Elias fez contato com Marcio Mauro na tomada da curva do Lago. Ele conseguiu voltar para a corrida, na quinta posição.

Duas voltas mais tarde foi aberta a penúltima janela de paradas obrigatórias. Enzo entrou no término da volta 80.

O safety-car então foi acionado, para resgate do carro #15 quebrado no Pinheirinho. Marçal reassumiu a pilotagem e logo foi anunciado drive-thru para o carro Farben, a 35 voltas da bandeirada.

Marçal imediatamente cumpriu a punição e retornou em sétimo lugar. Na volta 84, ele passou Georgios Frangulis avançando para sexto. A diferença para o quinto colocado era de 30s e restavam 33 voltas na prova para o carro Farben assumir a posição necessária para o título do Endurance Challenge em caso de vitória do #7.

A margem era de 26.157s na volta 91, e Marçal negociava bem as ultrapassagens para recuperar terreno. No giro seguinte, o carro Farben tirou mais 3s do quinto colocado.

A duas voltas da abertura da última janela, Muller havia reduzido a desvantagem para 17.959s.

Na volta 97, Caio Collet, que tinha o carro mais rápido da pista naquele momento, passou Marçal no fim da reta. Restavam cerca de 11.932s para serem descontados e duas posições para o carro da marca de tinta automotiva oficial da Porsche Cup galgar para ficar com o título em caso de vitória do Porsche #7.

Enzo Elias saiu dos pits em sexto, na frente do carro #9. Restavam 15 voltas para a bandeirada.

O brasiliense acelerou forte até o fim, reduziu a margem do quinto colocado para 8.659s, mas não foi o suficiente para o título, pela margem mínima de 1 ponto.

 

O que eles disseram:

“Estávamos com tudo na mão para ser campeão e esse incidente é uma coisa que acontece no automobilismo. Esse pequeno deslize nos custou o campeonato por um ponto. Parabéns para o Miguel e para a equipe pelo campeonato. Ainda salvamos um segundo lugar, é legal, mas fica um gostinho amargo.”
Marçal Muller

 

“É duro terminar assim. Fizemos tudo certo o ano inteiro, todos os stints e todas as disputas. Não cometemos um único erro durante o campeonato. Estou aqui para acertar e errar, hoje foi julgado que eu errei e perdemos o campeonato por um ponto. Lutei até o fim para conquistar de volta a posição que eu precisava, mas não foi dessa vez. Hora de levantar a cabeça e ir para o próximo desafio.”
Enzo Elias



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