A temporada do vigésimo aniversário da Porsche Cup C6 Bank começou com mais uma prova de segurança dos carros há duas semanas e prossegue neste fim de semana no Velocitta com mais uma mostra da capacidade técnica do time de mecânicos e engenheiros do evento dos carros de competição mais produzidos no planeta para recuperar um Porsche acidentado e devolvê-lo para pista em condição de correr.
Heverton Cardoso, piloto do carro #36 da classe Challenge, que decolou a 102,2 km/h na freada do Saca-Rolha durante o quali e capotou quatro vezes há 12 dias, treinou normalmente nesta quinta-feira e confirmou sua participação na segunda etapa do campeonato, na mesma pista de Mogi Guaçu.
No fim de semana de estreia, o piloto saiu ileso do carro mas teve a participação na prova desaconselhada pelo departamento médico, uma vez que a força G exercida sobre seu corpo atingiu 5,9 G. Seu carro teve avarias que foram reparadas pela equipe da Porsche Cup C6 Bank, o maior evento monomarca e monogestão do automobilismo nacional.
O monobloco do Porsche #36 foi substituído, em operação que levou três dias. Os componentes mecânicos principais como motor e câmbio permanecem os mesmos, mais uma vez comprovando a grande durabilidade dos carros de competição mais produzidos no mundo e a segurança diferenciada que a categoria proporciona nos seus vinte anos de história no Brasil.
A velocidade no início da freada era de 202,19 km/h e o decolou a 102,2 km/h. Foram 6,7 segundos capotando quatro vezes, para percorrer uma distância de 105,21 metros.
Dados impressionantes, bem como foi impressionante a recuperação de carro e piloto para voltarem a acelerar depois de menos de duas semanas.
A etapa 2 da Porsche Cup C6 Bank tem mais treinos opcionais e livres nesta sexta-feira. No sábado acontecem os qualis e as corridas da Carrera Cup e da Challenge. No domingo acontecem três corridas, válidas pela Carrera Cup, Challenge e Trophy.
O que ele disse:
“O piloto dentro do carro também se assusta, mas a primeira coisa é agradecer à Porsche por toda a segurança do carro e à equipe por toda a assistência que nos dá. Dá para ver que realmente há um grande cuidado com a segurança por trás de qualquer acontecimento. Nós estávamos na última volta do qualy, freei o carro para entrar na curva, mas a traseira escapou para a grama. Quando entrou na grama, já não conseguia mais segurar o carro. Desloquei um pouco o pulso, mas nada grave no corpo.
Eu estava muito ansioso para essa etapa, mas andamos agora no treino e isso ajudou a tirar aquela impressão ruim que fica depois de um episódio assim. Hoje estou com a sensação de alma lavada e pronto para encarar esse fim de semana para ganhar, se Deus quiser!”
Heverton Cardoso