Copa Fiat: Christian mantém liderança em Curitiba

Apesar do abandono na 6ª etapa, complemento da rodada tripla deste fim de semana no Autódromo Internacional de Curitiba-Pinhais, Christian Fittipaldi conservou a liderança da Copa Fiat. No entanto, com as duas vitórias de Cacá Bueno (uma no sábado) e outra de André Bragantini, a vantagem do ex-piloto da Fórmula 1 e da Fórmula Indy despencou. Agora, Christian tem apenas dois pontos de folga sobre Cacá, contra os 13 que acumulava antes da chegada à capital paranaense. A apenas oito do ponteiro, Bragantini regressou à luta pelo título.

As duas provas deste domingo apresentaram perfis completamente opostos. Na primeira, Cacá saiu na pole e comandou tranquilamente as 18 voltas, deixando apenas a briga pela segunda posição para Christian, Bragantini e Leonardo Nienkotter, que cruzaram a linha de chegada muito próximos. A segunda, no entanto, foi muito mais agitada, com o grid invertido que colocou na pole o goiano Edson do Valle, a quebra do motor de Christian, a capotagem espetacular de Cacá quando estava a ponto de assumir a ponta da tabela e outros acidentes sem maiores consequências. E deu trabalho aos comissários, que aplicaram quatro punições no final da prova.

Bragantini soube tirar proveito dos infortúnios de Christian e Cacá, tornando-se o terceiro piloto a ganhar uma etapa em 2012. Christian ocupava a 6ª colocação quando o carro foi tomado por densa fumaça branca que o obrigou a desistir. Na mesma volta, Edson do Valle, que havia caído várias posições, se tocou com Cacá no fim da reta oposta e o bicampeão levou a pior. Depois de sair para o gramado, Cacá bateu com a traseira no guard rail e capotou duas vezes até parar com sobre a barreira de proteção. Depois de responsabilizar o adversário pelo acidente, lamentou o prejuízo material. “Estou apenas com algumas dores no corpo, mas o carro deu perda total e será difícil construir outro em 15 dias para a próxima etapa”, afirmou. Edson do Valle foi embora imediatamente após o episódio e nem pôde atender à chamada para prestar esclarecimentos à direção de prova. Foi desclassificado por conduta antidesportiva.

Distante dos problemas alheios, Bragantini comemorou um final de semana em que voltou para casa com três troféus – foi 2º no sábado, 3º pela manhã e 1º à tarde, mesmo saindo apenas da 6ª colocação. “Eu estava ficando um pouco para trás na classificação antes desta corrida, mas dei sorte. Claro que não torço pelo azar dos outros, mas consegui aproveitar a situação ao máximo”, disse. Bragantini tomou a frente na relargada do acidente e superou Ulisses Silva na freada do final da reta dos boxes. “Eu sabia que essa era minha chance porque ele estava mais lento”, sintetizou. Em seu melhor resultado desde a vitória na rodada dupla inaugural da categoria no Rio de Janeiro em 2010, Ulisses Silva comemorou não apenas o 2º lugar, mas também o 3º do companheiro Cesinha Bonilha que assegurou à Vasco da Gama Racing Team dois valiosos lugares no pódio. “Eu estava um pouco desgastado pela pressão que o Bragantini vinha colocando e facilitei, porque é melhor perder uma posição do que duas ou três.”

Resultado da 5ª etapa

1º Cacá Bueno, 18 voltas em 27:18.169

2º Christian Fittipaldi, a 2.086

3º André Bragantini, a 2.433

4º Leonardo Nienkotter, a 3.794

5º Ulisses Silva, a 21.698

6º Cesinha Bonilha, a 22.408

7º Popó Bueno, a 25.409

8º Edson do Valle, a 31.685

9º Betinho Sartório, a 42.695

10º Mauri Zaccarelli, a 59.333

11º Fábio Carvalho, a 1 volta

12º Fernando Nienkotter, a 3 voltas

Não completaram

José Vitte, a 6 voltas

Luir Miranda, a 10 voltas

Antônio Jorge Neto, a 11 voltas

Wellington Justino, a 12 voltas

Giuliano Losacco, a 16 voltas

Rogério Castro: excluído por atitude antidesportiva