Rally dos Sertões: Ximenes/Almeida vencem o sétimo dia

A dupla cearense Riamburgo Ximenes/Rogério Almeida, com picape S10 do Chevrolet Rally Team (Chevrolet/MWM Motores Diesel/Pneus Goodyear/Peças Genuínas GM/ Garrett/Mineral/Globaltrac/Globalstar), sentiu-se em casa no árido terreno do Maranhão e venceu o sétimo dia (quarta-feira) do Rally Internacional dos Sertões. Os nordestinos completaram os 202 Km cronometrados entre Carolina e Barra do Corda em 2h47min54s, chegando no final da Especial Zé Boneco com uma vantagem de 3min20s sobre os paulistas Ingo Hoffmann/Alberto Zoffmann (L200 Evo), que chegaram em segundo. Os líderes da prova Guilherme Spinelli/Marcelo Vivolo (L200 Evo) completaram o percurso logo em seguida, em 2h53min10s. A liderança na categoria Production ainda é dos irmãos catarinenses Marlon Koerich/Joseane Koerich (Chevrolet S10).

O sétimo dia da competição começou com um longo deslocamento de 230 km a partir de Carolina (MA), até o começo da Especial. O trecho teve muita areia e depressões na pista, mas também uma grande reta, de aproximadamente 30 km, onde os carros superaram os 180 quilômetros de velocidade final. “A especial foi ótima, mas cansativa, alternando a velocidade entre média e muito alta. Fizemos uma prova limpa, sem nenhum problema, andando forte e a navegação foi primordial”, comentou o piloto Raimburgo Ximenes, vencedor do Rally dos Sertões em 1999. “O trecho foi de puro areião, bem como estamos acostumados aqui no Nordeste, e a navegação boa”, completou o navegador Rogério Almeida.

A outra dupla do Chevrolet Rally Team, formada pelos catarinenses Édio Fuchter/Milton Pereira, vencedores das últimas edições do Rally dos Sertões, novamente não contou com a sorte. “Começamos andando forte, para recuperar o máximo de tempo, mas fomos surpreendidos pela poeira levantada, e acabamos furando dois pneus, que nos atrasaram mais de dez minutos no total”, contou o piloto campeão. O primeiro furo foi em razão de um toco que a dupla pegou, quando estavam atrás de um quadriciclo, logo no começo da Especial, e o segundo aconteceu quando faltavam 20 km para o encerramento, e estavam ultrapassando um concorrente atrasado, e novamente pegaram outro pedaço de árvore quebrada na lateral da pista. “É a penalização por estarmos atrás e termos que recuperar”, disse o navegador Miltinho Pereira, lembrando que mesmo assim eles estão tendo sucesso, e já aparecem entre os seis primeiros na classificação Geral. “O Rali vai acabar só no final da sexta-feira, lá em São Luis. Pode escrever aí: muita coisa ainda vai acontecer, e vamos mostrar nosso poder de reação”, dita o mineiro Luis Haas, Diretor Esportivo da equipe apoiada por Chevrolet/MWM Motores Diesel/Pneus Goodyear/Peças Genuínas GM/ Garrett/Mineral/ Globaltrac/Globalstar, e que já fez história no principal rali da América Latina como a maior vencedora.

O penúltimo dia (31/7) do Rally dos Sertões terá novamente dois trechos cronometrados. Inicialmente haverá um deslocamento de 228 km a partir de Barra do Corda (MA), até chegar no ponto de partida para a “Especial do Vietnã”. Com 132 km, será uma etapa muito difícil devido ao grande número de depressões no solo, erosões, buracos e cascalho, exigindo boa navegação e não permitindo o desenvolvimento de alta velocidade. “Vamos continuar andando rápido, pois é o que nos resta. Queremos chegar entre os dez primeiros na classificação Geral. Nossa S10 está inteira, então, vamos acelerar como um bom cabra-macho”, diverte-se o piloto Riamburgo Ximenes. Logo em seguida haverá outro deslocamento, de 110 km, para a “Especial das Deps”, de apenas 66 km, mas novamente com erosões, depressões e muita areia. “Nossa meta é tentar vencer mais algumas especiais. Nossa picape está indo bem, e os outros ainda podem ter problemas, como muita gente teve hoje (quarta-feira). Vamos à luta para ver o que vai dar lá em São Luis”, espera Édio Fuchter. Ao final da segunda Especial haverá outro deslocamento, de 17 km até Barreirinhas, no Maranhão, totalizando os 553 km do dia.