Um dos postulantes ao título do Campeonato Brasileiro de Fórmula Renault, o paulista Paulo Salustiano (Sawary/Cifra/Nicoboco) não participou da 12ª etapa da temporada, disputada no último final de semana (21/11) em Florianópolis (SC). “Muitos estão me perguntando porque não participei da corrida de Floripa. A resposta está nas imagens de TV daquela prova tumultuada. E aproveito para fazer minhas, as palavras do Daniel Serra”, justificou o vencedor de duas provas nesta temporada, ao lembrar que o líder do certame desabafou na televisão depois da bandeirada, que está valendo tudo na categoria, e estão abrindo precedentes para batidas e outras atitudes antidesportivas.
“Os gêmeos, com a conivência de alguém, talvez muito forte, e que parece que está acima do bem e do mal, pinta e borda”, referiu-se aos pilotos Alexandre e Gustavo Foizer. “Primeiro me tiraram da corrida do Rio, depois foi com o Alan (Hellmeister), em seguida com a Bia (Figueiredo), e agora com o Serrinha (Daniel Serra). Com todos aqueles que representam perigo, eles agem de forma mal intencionada e antidesportiva. E isto tudo pode ser visto claramente nos vídeos das corridas realizadas até agora. Eles querem ganhar este campeonato a todo o custo, e não tem limitações para isso”, reforça Salustiano.
Em sua terceira temporada, a Fórmula Renault Brasil vem operando com grids cada vez menores, mostrando que algo tem que ser feito para voltar aos patamares de 2002 e 2003. “Um campeonato que poderia ser um dos melhores do país, vai terminando de forma melancólica. É lamentável que marcas mundialmente famosas, se prestem a estes serviços. Faço uma pergunta: vale a pena ser campeão assim? Até quando isso vai continuar? Todos estão vendo. Realmente, este é um país de impunidade”, encerra Paulo Salustiano, que participou de todas as provas da categoria desde a sua implantação no Brasil.