Vice-liderança serve de consolo para Homem de Mello

Um motor ruim, em uma pista onde isso conta muito, não estava nos planos do paulista Cássio Homem de Mello (Terra / Lojack / Iguaçu / ICEC / Corsa / GFS / Instituto Vita Care / Ogio / N7 Comunicação) na disputa da 7ª etapa da Stock Car Jr. no último sábado (dia 8) no anel externo do autódromo internacional de Curitiba, em Pinhais (PR).

O piloto teve problemas com o seu carro desde os primeiros treinos livres e não conseguiu atingir uma boa performance. Ele largou em oitavo lugar e concluiu a prova na sétima posição, depois de sofrer alguns toques e sair perigosamente da pista. O consolo foi voltar à vice-liderança do campeonato, ao lado de Cauê Carvalho, que foi excluído da prova por atitude antidesportiva.

A vitória em Curitiba ficou com o piloto Lucas Finger. Thiago Riberi chegou em terceiro e lidera a temporada, com 137 pontos (sem os descartes). Cássio e Cauê somam 119.

“Todos dependiam de um motor bom para ir bem na corrida. Como eu não tinha um motor bom, não fui bem. Desde o final do 1º treino, o meu carro apresentava defeitos. Nem consegui andar na 3ª sessão”, lembrou o piloto. “Trocamos tudo: filtro, bomba de combustível, carburador, toda a parte elétrica e até o motor. Mesmo assim, meu carro teve um péssimo desempenho, principalmente durante a classificação e a corrida”, destacou o piloto, que com o problema no motor era 7 décimos mais lento que o líder da corrida nos trechos de reta.

“Com isso, foi impossível ter um bom resultado em Curitiba. Mesmo assim, vinha andando no limite em todas as voltas da corrida, mantendo uma distância dos líderes e esperando um erro deles, o que aconteceu mais para o final da prova. Quatro carros bateram e eu achei um espaço no meio da confusão. Saí em segundo, o que seria um resultado fantástico, mas faltando duas voltas para o final, recebi um toque de um novato, que me tirou da pista em alta velocidade. Corri o risco de capotar e isso me custou um pódio”, afirmou Cássio.

“Apesar dos problemas, fiz o melhor que eu pude e lutei até o final para compensar toda a dedicação que os mecânicos dispensaram para com o meu carro no final de semana. Gostaria de agradecê-los mais uma vez. Sei que o resultado poderia ter sido melhor se não tivessem me batido, mas a vice-liderança serviu como um consolo para um péssimo final de semana”, analisou.

Para finalizar, o piloto comentou sobre alguns acidentes que têm ocorrido nas últimas etapas da Stock Jr., muitos deles, na sua opinião, por falta de “bom senso” e até mesmo “honestidade” por parte de alguns pilotos. “Todos que colocam o bico do carro do lado, já acreditam que passaram e não se preocupam em virar o adversário que, muitas vezes, está em alta velocidade. Existem também alguns toques maldosos, sempre causados pelos mesmos pilotos, mas que felizmente na maioria das vezes são punidos”, relatou Cássio. “Em Curitiba, eu levei um toque do Jason Oliveira no meio da reta, sendo que ele estava uma volta atrás. Isso não existe”, lamentou.

“Claro que existem toques involuntários, erros naturais. Eu mesmo já prejudiquei uma corrida do Navarrinho em Campo Grande, por causa de uma manobra inconseqüente que fiz e fui punido merecidamente por isso”, finalizou o piloto.