Após o ótimo resultado em Okayama (Japão), onde conseguiu na Fórmula Nippon um quarto lugar partindo da 11ª posição, João Paulo de Oliveira pretende pontuar novamente, desta vez pelo Campeonato Japonês de Super GT. A oportunidade será neste final de semana (24/06), na etapa disputada na Malásia, no mesmo autódromo que recebe anualmente a Fórmula 1. “Teremos uma corrida difícil, pois o calor e o desgaste de pneus são sempre excessivos em Sepang, o que torna a corrida uma das mais difíceis da temporada, mas meu objetivo é pontuar”, aponta o brasileiro.
A maior expectativa do paulista de 25 anos de idade é saber o rendimento de seu Nissan Fairlady Z modelo 2007 durante uma prova completa. O carro ficou pronto nas vésperas da etapa anterior, em Fuji (Japão), mas o companheiro que forma dupla com João Paulo, o japonês Seiji Ara, bateu o carro em um retardatário logo na 12ª volta da competição, deixando Oliveira sem a oportunidade de pilotar o novo carro em ritmo de corrida. “O incidente da corrida passada nos prejudicou muito, pois foi a primeira prova onde tivemos reais chances de fazer bons pontos. Agora temos que nos superar em provas que serão mais difíceis para buscar os pontos perdidos”, relembra.
Em 2006 a modalidade teve nove etapas, e a surpreendente estatística de nove duplas diferentes vencendo. Na atual temporada a competitividade se mantém em alta, já que três duplas distintas subiram no lugar mais alto do pódio nas três corridas já disputadas, e pilotando carros de diferentes montadoras: Yuji Tachikawa e Tora Takagi (Toyota), Ralph Firman e Daisuke Ito (Honda), e Richard Lyons e Satoshi Motoyama (Nissan). “É um campeonato onde a consistência é um fator importante. Pelo regulamento de lastro, que deixa o carro muito pesado caso você tenha um bom resultado, fica muito difícil manter o carro competitivo e isso faz com que se torne muito difícil vencer duas vezes”, explica João Paulo.
O Super GT Japonês une todo este equilíbrio à alta tecnologia em seus carros, sendo também uma das categorias de turismo mais potentes e rápidas do mundo. Divididos em duas classes, denominadas GT500 e GT300, que se diferem pela potência dos motores – com 500 hp e 300 hp, respectivamente -, todos correm juntos na pista somando em torno de 40 competidores.