Aproximando-se do final da temporada, o Campeonato Japonês de Super GT entra neste fim de semana (12-13/09) em seu decisivo terço final, com a disputa da sexta etapa no autódromo de Fuji. Um dos principais candidatos ao título é o brasileiro João Paulo de Oliveira (Nissan), que está a apenas 11 pontos do líder Satoshi Motoyama (JAP), sobrando ainda 60 pontos em disputa até o fim do ano. “A corrida de Fuji nesse fim de semana será crucial na busca do título. É um circuito que sempre me dei muito bem e nosso conjunto deve funcionar lá”, analisa o piloto.
A principal marca do campeonato em 2009 é equilíbrio. Em seis provas, foram cinco vencedores diferentes e ninguém ocupou por mais de duas vezes as duas primeiras posições no pódio. Mesmo com esses números, João Paulo está confiante numa boa apresentação no traçado de 4.563 metros de Fuji, que nos últimos dois anos sediou o GP do Japão de F1.
Na terceira etapa, também disputada nesta pista, ele liderou o começo da prova e quase subiu ao pódio com seu Nissan GT-R. “Na última corrida que tivemos lá terminamos em quarto, mas com o carro mais pesado do grid, pois liderávamos a classificação do campeonato. Dessa vez estaremos mais leves”, exclama JP, como ele é conhecido no Oriente.
Para as três últimas corridas do ano, os critérios para a colocação do lastro nos carros mudarão. Os pilotos carregarão agora o mesmo número de pontos ganhos em quilos extras em seus carros, em vez de levar o dobro, como aconteceu até a última corrida. Assim o peso dos líderes será mais equiparado com o dos competidores não tão bem posicionados na tabela de pontuação.
Com muitos atrativos, a expectativa é de que a prova tenha arquibancadas lotadas durante todo o fim de semana. “Na terceira etapa em Fuji tivemos 78.500 pessoas. Dessa vez, esperamos ainda mais por ser uma corrida mais importante para o campeonato”, completa João Paulo.
Mudança de regulamento
Uma notícia de última hora não foi muito bem recebida por João Paulo de Oliveira e pelos demais competidores da Nissan. A organização do campeonato acatou uma reclamação da Toyota e da Honda acerca do bom desempenho do GT-R e decidiu liberar um restritor de ar maior para o motor dos carros das duas montadoras. Além desta peça menos eficiente, os GT-R já são obrigados a ter um peso mínimo 30 kg maior do que a concorrência.
“Com o restritor maior, nossas duas rivais vão ganhar muito mais velocidade em reta, justamente numa pista que tem a reta dos boxes com quase 1,5 km, onde isso faz diferença. É uma pena, pois certamente isso nos prejudicará neste fim de semana”, se lamenta JP.